Entendo que a agenda seja desgastante ao extremo. Que as demandas que lhe encaminham de todas as paragens do Estado e as decisões que tem que tomar dia sim, no outro também, devem atordoá-lo.
Não tenho dúvida de que é uma pessoa qualificada, que se preparou para o cargo que está ocupando com o aval da maioria dos gaúchos. E que, certamente, almeja e se credencia a voos mais ousados que aterrissem no Planalto Central. É um direito seu.
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Mas não antes de mostrar que é resolutivo sobre questões que nos afetam no cotidiano do Estado, nos municípios, nas comunidades.
Teria dezenas de questões para lhe propor. Não vou ser injusto. Sei que governa para o Estado e não só para uma região.
Mas não dá mais para aceitar ou justificar. Faz dez anos – repito, dez anos – que uma importante escola pública estadual de Santa Cruz do Sul, a José Mânica, no Bairro Esmeralda, teve parte de suas instalações interditadas, demolidas e substituídas de forma provisória por salas de lata – é isso mesmo, governador!
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Foi-se um governo que prometeu solução e nada fez; outro governo se disse falido e passou em branco. Veio a sua gestão que também não resolveu. Chegou uma nova oportunidade, no segundo tempo de um jogo que não tem volta, de retribuir a confiança que aqui lhe creditaram.
Não posso acreditar que deixe escorrer por entre os dedos a oportunidade de realizar o óbvio, o mais elementar: reconstruir uma escola! Ninguém me contou. Ouvi o senhor dizer que a prioridade do seu segundo governo é melhorar a estrutura física da rede escolar do Estado.
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Não é possível que se perpetue a falácia da falta de recursos. Recursos para quem? Para os que dão amparo, apoio, sustentação política ao governo ou para os que lhe confiaram seu voto?
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Pense bem, governador: uma geração de estudantes, em pleno século 21, entrou, vai sair da escola sob o abrigo (e o calor) de uma sala de lata e ainda se viu desafiada a sobreviver a uma pandemia.
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Eu não me orgulharia desta “nova façanha!” Que façanha? A que não consegue reerguer um simples prédio de uma escola pública?
Ou terminar a pavimentação de uma estrada, a ERS-403, de pouco mais de 60 quilômetros entre duas das mais antigas cidades do nosso Rio Grande? Rio Pardo de um lado, Cachoeira do Sul mais ao centro do Estado. Há mais de vinte anos os governantes tripudiam sobre as esperanças de uma população. Prometem, iludem e se esquivam.
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Ou seria a façanha de sonegar direitos assegurados em lei aos professores, da ativa e aposentados, aos servidores estaduais, gente que confiou num plano de carreira que é lei e agora se vê traída, engambelada e abandonada de forma constrangedora pelos que deveriam resguardar seus direitos?
Sinceramente, eu não dormiria, atormentado por pesadelos desta ordem.
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