De máscara e respeitando as recomendações de distanciamento social, muitas pessoas prestaram homenagens na segunda-feira, 2, aos parentes e amigos falecidos em Santa Cruz do Sul. No cemitério Ecumênico da Paz Eterna, no Bairro Santo Antônio, onde estão sepultadas em torno de 2,1 mil pessoas, a visitação no Dia de Finados teve início às 7 horas e seguiu até por volta 19 horas. Pela manhã, uma celebração ecumênica comandada pelo padre Fabrício Niederle e pelo pastor Vilmar Abentroth, com acompanhamento do grupo de canto da Comunidade Santo Antônio, transmitiu palavras de paz e conforto às famílias.
A professora aposentada Margit Elisa Schilling, 57 anos, e o filho João Pedro Becker, 22, moradores do Bairro Arroio Grande, participaram da celebração pela primeira vez. “A oração é importante e serve como conforto em meio ao sentimento deste dia. Esta é minha primeira vez aqui, vim com meu filho trazer flores ao túmulo do meu ex-marido e pai do João, que faleceu em 31 de agosto. Tudo ainda é muito recente”, contou. Durante o dia, ela também planejava ir até o cemitério Católico São João Batista.
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Apesar da movimentação, o sócio-proprietário do Cemitério Ecumênico da Paz Eterna, Rodrigo Rauber, salientou que muitas pessoas optaram por antecipar a ida e assim evitar aglomerações. “No Dia de Finados, geralmente em torno de 1,5 mil pessoas passam pelo local para fazer homenagens. No entanto, neste ano, a movimentação começou bem antes, na sexta-feira ainda.” O mesmo foi percebido no Cemitério Municipal, onde estão sepultadas mais de 100 mil pessoas, e que em Finados costuma reunir cerca de 6,7 mil visitantes. “Muitos vieram antes devido à pandemia, e outros virão no decorrer da semana para evitar acúmulo de pessoas.
O feriado, por ter sido próximo ao fim de semana, também contribuiu”, ressaltou Juliana Hofmeister, agente administrativa do Cemitério Municipal. Com um horário especial, os portões do Municipal ficaram abertos na Avenida Independência das 6 às 19 horas, e na Rua São José das 7h30 às 16 horas.
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Celebrações
As missas presenciais da Igreja Católica de Santa Cruz foram realizadas em diferentes comunidades, além do Cemitério dos Lopes e do Cemitério Ecumênico da Paz Eterna. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) também organizou cultos em nove cemitérios. No entanto, os cantos que ocorrem tradicionalmente foram suspensos. Em todos os locais, a cerimônia teve duração reduzida e o uso de máscara de proteção foi obrigatório.
EM FAMÍLIA
Com os olhos marejados, a auxiliar de limpeza Janete Roos, de 44 anos, moradora do Bairro Avenida, orou pela mãe. “Ela faleceu em maio de 2018, parece que foi ontem. Sempre venho aqui, faço minha oração e converso com ela, pra mim é como se ela ainda me ouvisse. Isso me faz bem.” Além do túmulo da mãe, Janete, que estava acompanhada das filhas Maria Antônia, de 8 anos, e Nathalia, 20, também visitou as sepulturas da madrinha e do sogro. “Eu tento repassar para elas aquilo que minha mãe me ensinou. É o respeito, o afeto e amor por aqueles que já partiram, e tanto fizeram por nós”, afirmou.
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