O Comitê Científico de apoio ao enfrentamento à Covid-19 no Rio Grande do Sul, que é integrado pela Secretaria Estadual da Saúde, publicou nota técnica recomendando fortemente o uso adequado de máscaras por crianças de 6 a 11 anos. Seguindo decreto estadual, a proteção deve ser utilizada com supervisão de um adulto.

A nota complementa o decreto estadual 56.403, publicado em 26 de fevereiro, que revogou a obrigatoriedade do uso da máscara nessa faixa etária. “Apesar de não ser obrigatório, continuamos percebendo o uso de máscaras em crianças como extremamente necessário para diminuir os casos de Covid-19 e, principalmente, evitar que elas transmitam o vírus para pessoas da família com maior risco de ter agravos”, diz a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos.

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A recomendação leva em consideração o retorno às aulas presenciais nas escolas do Estado e que muitas crianças já têm o hábito de usar as máscaras. “De forma geral, a máscara traz mais benefício às crianças dessa faixa de 6 a 11 anos do que malefícios, mas cada caso deve ser observado em particular. O uso do item não impede a transmissão do coronavírus, mas é comprovado que diminui consideravelmente”, explica a professora do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Suzy Alves Camey, representante da instituição no comitê. A retirada da obrigatoriedade tem, segundo ela, o papel de aliviar tensões no dia a dia, evitando situações em que o uso é inviável e as crianças acabam enfrentando algum constrangimento.

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A biomédica Mellanie Fontes-Dutra, doutora em Neurociências e professora da Escola de Saúde da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), afirma que a nota do Comitê Científico reforça a importância da adesão ao uso de máscara no cenário atual. Entende que a desobrigação não implica na perda desse hábito.

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