Em seu parecer final, o presidente da câmara de investigação do Comitê de Ética da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Cornel Borbély, recomendou a suspensão por nove anos do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, de atividades ligadas ao futebol. Ele está afastado do cargo desde setembro de 2015.
No documento, Borbély também pediu a renovação da suspensão de Valcke por mais 45 dias de todas as atividades relacionadas ao futebol. Além disso, recomendou que o dirigente da Fifa seja punido com uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de R$ 400 mil) por violações do Código de Ética da Fifa, como conflitos de interesse e a oferta e o recebimento de presentes e outros benefícios. A Fifa emitiu um comunicado no qual não informou quando será dada a decisão final do Comitê de Ética sobre Valcke.
Valcke é acusado de ficar com parte do dinheiro de ingressos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. As denúncias surgiram a partir de reportagens no qual o empresário Benny Alon, proprietário de uma empresa que tinha contrato para fornecimento das entradas da Copa com a Fifa, afirmou que fez um acordo com Valcke para vender os tíquetes do Mundial por um valor quatro vezes maior que o original. Conforme o empresário, em troca a empresa e Valcke dividiriam os lucros.
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Já foram suspensos de atividades ligadas ao futebol o suíço Joseph Blatter, presidente demissionário da Fifa, e o francês Michel Platini, que lidera a União das Federações Europeias de Futebol (Uefa). Eles receberam suspensão de oito anos.
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