A RSC-153, entre Soledade e Santa Cruz do Sul, agoniza com a falta de manutenção. Além de crateras que chegam a 20 centímetros de profundidade em alguns pontos, a precariedade de sinalização e o crescimento da vegetação no entorno da pista colocam em risco a vida dos usuários.
Por conta disso, na última sexta-feira, 21, o vereador Antônio Gildasio Corte Vieira, o Dario Vieira (PP), de Herveiras, trouxe para um encontro líderes políticos dos municípios de Herveiras, Barros Cassal, Gramado Xavier, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz. Durante o evento, realizado no Paradouro Serrano, em Sinimbu, foi criada a comissão Avante RSC-153, com o objetivo buscar o recapeamento ou, no mínimo, ações emergenciais da rodovia.
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“Cada município será representado por um vereador. Há tempos que os buracos, a falta de sinalização, os acidentes e até mortes vêm tirando nosso sono. Os galhos do mato alto chegam a bater nos caminhões, sem falar dos pneus seguidamente furados. Não podemos continuar tolerando isso, o desgaste é geral em vários pontos e estamos pagando do nosso próprio bolso,” afirma.
Nos próximos dias, a comissão pretende se reunir com o presidente da Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva (PP), para formatar um documento que será enviado à Secretaria de Logística e Transportes do Estado e ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), para obter uma solução definitiva para os problemas que afetam a rodovia há anos.
O vice-prefeito de Sinimbu Jackson Rabuske, que também é vice-presidente da Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), afirma que a situação é insustentável. Na tarde de ontem, Rabuske, como membro da Aturvarp, enviou um ofício ao Daer pedindo uma solução. “Como vamos fomentar o turismo com uma rodovia cheia de buracos, intrafegável, com mato na beira na encosta? Temos pontes em Sinimbu, por exemplo, que são de responsabilidade do Daer e que estão precárias. Eles não fazem nada para consertar”, destaca.
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Conforme Rabuske, a intenção é, nos próximos dias, solicitar o apoio do Ministério Público, para que entre com uma ação judicial. “Nós mandamos e mandamos ofícios e a situação se arrasta por anos. Não adianta bloquear mais a rodovia e fazer protestos, estamos cansados. Se continuar desse jeito, daqui a pouco o trecho vai estar igual ao de Barros Cassal, que nos buracos cabia quase um carro dentro. O trecho lá foi restaurado há cerca de um ano e os buracos reapareceram.”
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Além da preocupação com a segurança dos usuários da via, os líderes alertam para as dificuldades logísticas geradas pelo descaso com a RSC-153. Concebida para ser um dos principais corredores de exportação do Estado, a rodovia recebe um tráfego intenso de caminhões e carretas que escoam a produção agrícola do Norte do Estado em direção ao Porto de Rio Grande. “A produção de soja que vem do Noroeste do Estado e de tabaco que vem de Santa Catarina para Santa Cruz passa por essa rodovia. Não adianta fazer apenas pequenas intervenções, que só amenizam o problema e não resolvem. A estrada não recebe manutenção, é um buraco sobre o outro. E a preocupação é que, com o passar do tempo, a rodovia vai se deteriorar cada vez mais, até que o Estado não terá mais condições de recuperar ou reformar essa importante rodovia”, afirma o vereador Dario Vieira.
O que diz o Daer
De acordo com o Daer, no momento o governo do Estado está finalizando o cronograma de obras e serviços na malha rodoviária estadual para o restante deste ano. Após essa definição, poderão ser elencadas as intervenções a serem executadas nas rodovias da região.
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