De acordo com dados retirados das prestações de contas dos candidatos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, dois em cada três integrantes da comissão especial que vai analisar no Senado o impeachment da presidente Dilma Roussef, tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato. A informação foi publicada pelo Uol, nesta quinta-feira.
Em valores atualizados pelo IPCA, 14 dos 21 senadores receberam R$15,8 milhões. O número representa o total. As doações ocorreram por repasse direto das empresas, ou por repasses feitos por partidos ou candidatos com a identificação do doador originário. As empresas envolvidas são Galvão Engenharia, OAS, Camargo Correia, Odebrecht, Engevix, Mendes Júnior e UTC.
O valor das doações feitas aos senadores é maior que das doações feitas aos 40 dos 65 deputados federais que integraram a comissão do impeachment. Com uma diferença de 78%, os deputados receberam, ao total, R$8,9 milhões das empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
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Dos 21 membros titulares, dez foram eleitos em 2014 e nove em 2010. Outros dois, herdaram vagas de suplentes também eleitos de 2010. Na eleição de 2010, os repasses de partidos e outros candidatos não identificava a fonte. Para o cálculo, o Uol usou apenas doações diretas feitas pelas empreiteiras às contas eleitorais dos candidatos.
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