A Comissão Parlamentar Processante (CPP) que analisa o pedido de cassação do mandato do vereador André Scheibler (PSD) decidiu prosseguir com os trabalhos. O relatório preliminar foi divulgado nesta terça-feira, após análise dos argumentos iniciais apresentados pela defesa do parlamentar. O texto foi elaborado pelos três vereadores que foram o grupo: Alberto Heck (PT), Bruna Molz (Republicanos) e Licério Agnes (PSD).
A partir de agora, a comissão intensifica os trabalhos até a elaboração do relatório final. O presidente da CPP, Alberto Heck, ressalta que ainda serão analisados os autos do processo, que contém 1.096 páginas, além de áudios e vídeos dos depoimentos colhidos no Ministério Público. O próximo passo será o agendamento das audiências onde serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo denunciante e pela defesa.
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Segundo o Ministério Público, trata-se da denúncia mais grave até agora. Afastado do cargo há quase um mês por força de liminar, ele responde por improbidade administrativa, associação criminosa, peculato-apropriação, concussão e peculato-desvio. O conjunto de irregularidades inclui exigência de salários de assessores, “assessores fantasmas” e uso de patrimônio público com interesses privados. Outras cinco pessoas ligadas a ele também são rés. Ao todo, ele teria se apropriado de mais de R$ 345 mil de servidores.