De forma lenta e gradual, o comércio de Sinimbu retoma os trabalhos após ter sido severamente afetado. Na semana passada, pelo menos 22 empresários voltaram a atender de forma parcial ou limitada, segundo levantamento da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacis). Aproximadamente 120 estabelecimentos foram atingidos pela enchente. Na área central do município, praticamente todos foram alagados, danificando mobília, sistema de informática, estoque de produtos e a estrutura física. “Muitos perderam praticamente tudo”, afirmou o presidente da Cacis, Thomas Koch.
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O bloqueio de estradas tem sido uma das principais dificuldades enfrentadas pelos empresários para a retomada. Algumas localidades seguem sem acesso para veículos e caminhões, impedindo o transporte de produtos e afetando a reposição de mercadorias.
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Durante o fim de semana, moradores se reuniram em Rio Pequeno, interior do município, para verificar a possibilidade de transitar nas localidades, incluindo Alto Rio Pequeno, Bela Vista, Linha Almeida, Estância e Salto Rio Pardinho. Essas vias são responsáveis por ligar Sinimbu aos municípios de Gramado Xavier e Boqueirão do Leão.
“Recuperar todo o prejuízo vai levar tempo”
Na manhã desse domingo, 19, a família Wagner preparava os últimos ajustes para a reabertura de seus estabelecimentos, a Wagner Agro e Construção e a Wagner D’Casa. Localizadas no mesmo prédio, na Avenida General Flores da Cunha, região central de Sinimbu, os empreendimentos foram devastados pela enchente.
No interior da construção, o nível da água chegou a 2,30 metros, levando os produtos das lojas. “Levou o que podia levar e destruiu o que podia”, afirmou a empresária Talita Wagner, de 29 anos. A mudança para o novo prédio foi realizada no ano passado e era um antigo sonho da família. Anteriormente, as lojas de material de construção e agropecuária, que existe há 19 anos, e a de bazar, que completa sete anos em 2024, ficavam em endereços separados. “Foi muito doloroso ver a destruição depois de todos esses anos de trabalho e dedicação. Agora vamos ter que encontrar forças para recomeçar”, lamentou.
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A família contou com o apoio de diversos voluntários – incluindo amigos, clientes e funcionários – que ajudaram na limpeza e organização do estabelecimento. Também receberam apoio de técnicos de Santa Cruz, que testaram, de forma voluntária, os eletrodomésticos que restaram. Em um primeiro momento, as duas lojas atendem no mesmo espaço e futuramente pretendem retomar o funcionamento normal. Os produtos já estão organizados e a estrutura pronta para atender os clientes. “Até recuperar todo esse prejuízo, vai levar um tempo e muita dedicação. Mas vamos atender com a mesma disposição de sempre, dentro das limitações”, disse Talita.
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Para Koch, esse trabalho também é fundamental para o escoamento da produção primária, uma vez que o comércio depende da agricultura. “Sabemos das dificuldades. Mas quanto mais tempo demorarmos para voltar à normalidade, mais vamos sentir os reflexos lá na frente.”
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