A pouco mais de um mês de uma das datas mais aguardadas pelo comércio, lojistas já começam a selecionar trabalhadores temporários para este Natal. De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), cerca de 450 vagas devem ser geradas neste fim de ano em Santa Cruz do Sul.

O número aponta para uma melhora no cenário, com o aumento de cerca de 150% nas admissões em relação ao mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 180 foram contratados, segundo o presidente da entidade, João Goerck. O Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios dos Vales do Rio Pardo e Taquari (Sindigêneros) estima que pelo menos 60 pessoas sejam contratadas a partir da segunda quinzena deste mês para trabalhar em supermercados do município.

Proprietário da Iria Calçados, no Centro, Sidnei Luis Soder conta que a previsão é de que duas pessoas sejam admitidas. “Uma delas já começa a trabalhar nesta semana”. A outra deve ser recrutada em até 15 dias. A expectativa é de que os contratos temporários durem até o começo do ano que vem. “Geralmente, ficam para o período em que os efetivos tiram férias”, diz.

Já nas Lojas Prata, o contrato temporário pode ser uma oportunidade para garantir emprego efetivo. Segundo a gerente do estabelecimento em Santa Cruz, Fernanda Molz, a tendência é contratar duas pessoas e, uma delas, manter após o período de festas de fim de ano. A loja já iniciou as seleções e espera ter novos vendedores ainda na primeira quinzena de novembro.

Ao todo, em torno de 15% dos trabalhadores temporários de fim de ano devem ser efetivados mais tarde, conforme o presidente da CDL. Goerck comenta que a maioria dos empresários já realiza as entrevistas a fim de contratar a partir da próxima sexta-feira. “Contratam mais cedo para que os vendedores estejam treinados até o dia 20, quando parte dos consumidores começa a receber a primeira parcela do 13º e o movimento aumenta”, explica Goerck.

Vendas devem começar a crescer no fim deste mês

Tanto nas lojas quanto nos supermercados, as vendas para o fim de ano ainda são “tímidas”, como classificam empresários. A CDL trabalha com a perspectiva de acréscimo apenas a partir do pagamento da primeira parcela do 13º salário, no fim de novembro. Mas mesmo com a demora para a procura por presentes, a entidade acredita em um aumento de 15% nas vendas, em comparação com o Natal do ano passado.

Presidente do Sindigêneros, Celso Müller estima um incremento de 8 a 10% na comercialização de produtos para esta época do ano. De acordo com ele, apenas as empresas que presenteiam funcionários estão antecipando as compras. “Os consumidores em geral devem deixar para última hora, a partir do dia 20 de dezembro, quando já têm certeza do que vão fazer e quantas pessoas participarão das festas”, argumenta.

Valor médio do presente é maior

Levantamento realizado pela CDL aponta que o valor médio gasto por presente neste ano será de R$ 150,00. No ano passado, foi de R$ 100,00. Dentre os setores que mais serão beneficiados, aparecem o de vestuário, calçadista e de eletrodomésticos, nessa ordem. A artesã e cantora Lony Margareth Rodrigues, de 60 anos, já programou parte do orçamento para os presentes. “Vou comprar o que estiverem precisando, mas vou dar preferência a roupas e calçados”.