O Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região se manifestou sobre a assembleia agendada pelo Sindilojas Vale do Rio Pardo para a próxima sexta-feira, para discussão do calendário de horários e dias de funcionamento no próximo fim de ano. O presidente da entidade, Afonso Schwengber, disse que uma assembleia antecipada – como está propondo a entidade patronal – é uma das formas mais corretas de programar o calendário. “Há muitos anos já ocorria dessa forma. É uma maneira que colabora com todos, pois há um período grande para planejamento e programação, tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores”, afirmou. “Todo mundo perdeu no último ano, quando se deixou tudo para a última hora.”
Na opinião do sindicalista, em 2023 muitas pessoas entraram na discussão sem entender o que estava acontecendo. Isso prejudicou todo o processo, uma vez que o acordo já havia sido assinado e pactuado entre os dois sindicatos.
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Os comerciários defendem que o atual modelo, com programação de horário estendido de fim de ano e não abertura aos domingos e feriados, deve permanecer, pela demanda gerada a partir do recebimento do 13º salário por parte de todos os trabalhadores. Segundo Schwengber, existe a necessidade de que o comércio tenha horário ampliado naquele período.
“Isso já foi aprovado, a partir dos acordos regulamentados e cumpridos, o que nos dá certeza de que ninguém será prejudicado. No entanto, funcionar dia e noite, em horários em que não há estrutura como creches e segurança ao trabalhador, nós não concordamos, pois isso significa a exploração de uma categoria, por conta de uma parcela da população que não se organiza”, ressalta.
Ele reforça que a assembleia é sempre um importante fórum de discussão e debate, mas lembra que o ato pelo sindicato patronal não representa um “ponto final” na tratativa. “Após a decisão do Sindilojas, o Sindicato dos Comerciários deverá ser comunicado e nós iremos debater com os trabalhadores as propostas apresentadas. Defendemos a manutenção do calendário atual de horário de fim de ano, com as compensações realizadas e todos os acordos e garantias que são negociados há muito tempo.”
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Na opinião do presidente do Sindicato dos Comerciários, o trabalho aos domingos e feriados não está alinhado com a necessidade do consumidor da região – o horário semanal de compras, de 44 horas de atividade para os trabalhadores, seria suficiente para o atendimento, na visão dele. “Não podemos nos comparar com municípios maiores, como Porto Alegre, onde nem todo o comércio funciona aos domingos e feriados. As atividades de serviço e comercialização de itens ligados ao turismo teriam essa necessidade, como em Gramado e Canela”, defende.
Conforme ele, a jornada de trabalho do comerciário não pode exceder as 44 horas semanais já executadas no comércio santa-cruzense. “Isso vale para qualquer categoria de trabalhador. Existe um limite que regula a quantidade de trabalho e dessa questão o sindicato não irá abrir mão”, completa.
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