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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Comercialização das folhas do tabaco agora já entra na reta final

Foto: Giovane Weber

A comercialização do tabaco produzido na safra 2022/23 se aproxima dos 90% nos três estados da Região Sul, conforme o levantamento mais recente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), emitido no último sábado. Entre as variedades, o Virgínia encontra-se com 90% vendido; o Burley com 99%, restando somente alguns poucos municípios em Santa Catarina; e a variedade Comum com 97%. Enquanto isso, os produtores já começaram os preparativos para o novo ciclo e há expectativa de aumento de área plantada.

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Conforme o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, no Centro-Sul do Rio Grande do Sul, com destaque para os municípios de Canguçu e São Lourenço do Sul, é onde há mais tabaco aguardando a comercialização, com índices por volta dos 40%. Essa discrepância, segundo ele, ocorre porque essa região tradicionalmente planta e colhe mais tarde na comparação com as demais. Mas é uma situação que está mudando ao longo dos anos, tendo em vista a tendência de plantar mais cedo, em função da estiagem no verão.

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“Os produtores estão preferindo correr o risco de enfrentar as geadas no inverno do que a quase certeza de sofrerem com a estiagem no verão”, observa. Com o plantio cada vez mais precoce, alguns até se arriscam a cultivar as áreas duas vezes dentro da mesma safra. “Mas isso não é recomendado. A rotação de culturas é fundamental”, observa. Werner chama a atenção ainda para o que se denomina de tabaco de inverno. “Não existe fumo de inverno. Algumas variedades são mais resistentes, mas, se pegarem geada, vão queimar da mesma forma, e depois se pode perder qualidade.”

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Ao comentar a qualidade, o presidente da Afubra afirma que, de modo geral, o resultado foi muito bom. Cerca de 70% de todo o Virgínia comercializado até o momento foi de posição B e, destes, 85% foram classificados como O1. Também em se tratando da variedade Virgínia, o preço médio nos três estados do Sul entre fevereiro e junho é de R$ 18,60 por quilo. Já no caso do Burley, a média é de R$ 17,70.

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O tabaco comum, devido à menor relevância em relação aos demais, não tem acompanhamento periódico dos valores. Vale ressaltar que se trata do preço médio; ou seja, pode variar para mais ou para menos ao longo da compra e da venda.

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Tendência é de leve aumento na área plantada

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Ainda de acordo com o presidente da Afubra, para este ano há uma tendência de leve aumento na área plantada, na casa dos 3%. O destaque fica para a região do Planalto Norte catarinense, cujo crescimento no cultivo do tabaco tem como motivo principal a queda no preço da soja.

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“Isso nos causa preocupação. Embora o mercado tenha se mantido estável, tivemos quebra na produção em outros países e, por isso, a manutenção dos preços”, afirma. Os piores cenários foram no Zimbábue e Índia, ambos com produção cerca de 20 mil toneladas abaixo da expectativa.

Já o transplante das mudas da próxima safra, segundo Werner, ainda é tímido, com poucas propriedades tendo iniciado o procedimento no Vale do Rio Pardo. “O que se pode dizer é que deve ocorrer uma antecipação no plantio, como aconteceu em 2022 e em outros anos”, acrescenta Werner. O objetivo é evitar que o cultivo se estenda até janeiro ou fevereiro, meses em que, nos últimos anos, o sol forte e a falta de chuva prejudicaram o peso e a qualidade das folhas.

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