O custo da cesta básica nacional em Santa Cruz aumentou 9,78% no período de 4 de abril a 2 de maio, passando de R$ 329,46 para R$ 361,71. O levantamento foi realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Unisc. Foram pesquisados 13 produtos, dos quais nove apresentaram elevação de preço, três tiveram redução (arroz, açúcar e margarina) e um (pão francês) ficou estável. A batata-inglesa (com 4,10% de contribuição) e o tomate (com 2,52%), foram os que mais colaboraram para o expressivo aumento da cesta.
Responsável pela pesquisa, o professor Silvio Arend confirma que a alta na cesta básica deve muito à variação desses dois produtos. “Qualquer pequeno aumento no preço do pão, leite, tomate e carne, principalmente nesse último item, impacta bastante.” Segundo ele, os preços dos produtos em geral têm apresentado elevação. No último mês, porém, o aumento foi mais significativo. “O custo vinha ficando em R$ 330,00, R$ 340,00, e deu uma disparada em razão do tomate e da batata”.
Já o presidente do Sindigêneros e representante da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) na região, Celso Müller, diz que o aumento no preço do tomate e da batata se deve ao clima. Avaliando o comportamento dos preços dos produtos alimentícios atualmente, Müller entende que o básico – arroz, feijão, açúcar, café e pães – está com preço bom no Brasil. Para ele, a cesta oscila muito agora devido aos prejuízos causados pelo clima às frutas, verduras e legumes.
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Consumidores driblam o preço alto
Referindo-se ao preço da batata-inglesa, o engenheiro aposentado Victor Hugo Porto de Oliveira, 61 anos, até brincou dizendo que “está mais fácil comprar jóia”. Mesmo assim, iria levar dois quilos da branca porque tinha “solicitação especial” para fazer nhoque para visitas. Mas estava adquirindo metade do que costuma comprar, que é quatro quilos. Oliveira destacou que o preço dos alimentos vem aumentando, enquanto a aposentadoria dele continua a mesma.
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