Santa Cruz do Sul sediará o 1º Festival Jazz n’Blues no fim de semana que marca os 145 anos de emancipação política e administrativa. De sexta até domingo, 29 a 1º, a nova Praça da Cultura, na esquina das Ruas Galvão Costa e Marechal Floriano, será palco de shows ao ar livre, com nove atrações nacionais e internacionais. Uma estrutura está sendo preparada especialmente para o evento, que também contemplará serviços de venda de bebidas e alimentação. A programação ainda prevê um workshop para estudantes e profissionais da música e um debate a respeito da produção musical da cidade, na Casa de Artes Regina Simonis.
A realização é da Prefeitura – através da Secretaria Municipal de Cultura –, do Ministério da Cultura, da Branco Produções e Samba Estúdio Design, com patrocínio da Rio Grande Seguros e Previdência e Icatu Seguros, além de apoio da Hbier Cervejaria e Hotel Charrua. O festival havia sido lançado no dia 31 de julho, com um show na Hbier Public House, que reuniu um público expressivo, numa demonstração de que esse evento promete ser mais um sucesso no calendário do município.
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Conforme um dos realizadores do evento, o proprietário da Samba Estúdio Design, Luciano Medina, o objetivo é manter o Santa Cruz Jazz n’Blues na programação da cidade. “Como entusiasta da música, acredito que é nos festivais que a gente descobre novos artistas, bandas, músicas e gêneros musicais. Fora isso, independentemente do gênero, a música aproxima, envolve e favorece um diálogo com todos”, disse, evidenciando que o festival tem o intuito de somar à agenda cultural local, atraindo novos olhares e interesses para a cidade.
Além disso, tem como propósito promover a diversidade na oferta de entretenimento e ainda contribuir para o desenvolvimento do setor de eventos. “Estamos apostando na oportunidade de promover a diversidade musical de Santa Cruz. Para isso trabalhamos para entregar uma programação única, que deve despertar muito a atenção dos entusiastas dos gêneros e também do público que ainda não tem muita familiaridade com o jazz e o blues”, acrescentou Medina.
A expectativa é colocar Santa Cruz na rota dos grandes festivais de música do País, como já ocorre com outras cidades do Estado. Esse festival, conforme Medina, já é realizado em São Francisco de Paula, Joinville e Porto Alegre.
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A programação de shows inicia-se nesta sexta, 29, com o quinteto gaúcho Canjerana. O grupo irá homenagear em sua apresentação o santa-cruzense Chiquinho do Acordeon, que fez história na música brasileira, na Orquestra da Rádio Nacional, no sexteto de Radamés Gnattali e com o grupo Chiquinho e seu conjunto. Logo após, o guitarrista gaúcho Guto Konrad traz seu blues rock ao palco do festival. E fechando a primeira noite, a presença do músico carioca Josiel Konrad, uma das grandes revelações do jazz e da música instrumental brasileira, que vem com seu quinteto apresentar uma música moderna e inovadora.
A segunda noite de shows, no sábado, 30, abre com o gaúcho Money Man, com seu blues rural acústico no palco do festival, ao melhor estilo de Robert Johnson e Mississippi John Hurt. Na sequência, a cantora e pianista gaúcha Mari Kerber, com seu trio, deve mostrar por que é uma das maiores revelações da música gaúcha dos últimos tempos, com sua mistura de jazz, blues e rhythm & bues. No encerramento do sábado, a primeira atração internacional do festival, a saxofonista uruguaia Patricia López.
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A terceira noite, no domingo, 1º de outubro, inicia-se com a segunda atração local, a Privilege Jazz, e segue com o samba jazz do Jambo Trio. Para fechar, outra atração internacional: a cantora e pianista americana Cheryl Renée, de Cincinnati, Estados Unidos.
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Criado em 2012, o Quinteto Canjerana compõe e executa temas instrumentais de cunho nativista gaúcho aliados a arranjos inovadores trazidos da música contemporânea. Esse conceito foi batizado pelo grupo de Música Gaúcha Contemporânea. O grupo é formado por Zoca Jungs (guitarra), Alex Zanotelli (baixo), Fernando Graciola (violão), Mauricio Horn (acordeon) e Maurício Mallagi (bateria e percussão).
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Cheryl Renée nasceu em Cincinnati e cresceu mantendo seu ouvido grudado nas estações locais de rock e rhythm’n’blues em meados dos anos 60. Aos 21, ela passou a viajar e tocar em várias partes dos EUA e Canadá, visitando também Alemanha, Japão, Coreia e Filipinas. Estabeleceu-se na Nova Inglaterra, 11 anos depois. Líder de banda dinâmica e extremamente popular, conhecida como a “Deusa do Blues de Cincinnati”, ela partiu para a estrada com o grupo local de rhythm’n’blues Mad Dog Fire Department, no início dos anos 70. De volta a Cincinnati, depois de 30 anos, juntou-se ao grupo local Them Bones e chegou ao top 10 no International Blues Challenge em Memphis, 2005. Participam do show em Santa Cruz, com ela, os músicos Adrian Flores (bateria), Villagram Bello Neto (baixo) e Junior Martinez (guitarra).
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Um dos mais destacados nomes do jazz uruguaio, Patricia López é saxofonista, flautista, docente e compositora, com mais de 20 anos de trajetória. Formou-se no Uruguai, com Santiago Gutiérrez, Alejandra Genta, Jorge Bingert, e residiu em diversos países, onde continuou seus estudos no
jazz, composição e improvisação. Egressa do Conservatório Manuel de Falla, de Buenos Aires, como “técnica superior em jazz”, com especialidade no sax, continuou seus estudos no Brasil, em Curitiba, Florianópolis e São Paulo. Em sua carreira, integrou e liderou diversos grupos, big bands e orquestras, junto a destacados músicos uruguaios e internacionais e se apresentou em diversos festivais. Participam do show, com ela, os músicos Sebastián Zinola (piano), Caio Maurente (contrabaixo) e Lucas Fê (bateria).
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Trombonista, compositor, arranjador e cantor, Josiel Konrad nasceu em 1986, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Com seu eclético estilo musical, foi influenciado pela música brasileira e o jazz. Josiel tocou com seu quarteto nos melhores e mais famosos clubes de jazz do Rio. Ele fará o pré-lançamento do seu terceiro álbum autoral, o “Boca no Trombone”, que já contou com dois shows no Rio de Janeiro. Ao seu lado no palco estarão Natan Gomes (piano), Elberton Paixão (bateria), Oziel Neto (trompete) e Giordano Gasperin (baixo).
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