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Comemoração colombiana tem morto, baleados e ônibus depredados

Fanáticos por futebol, mas desacostumados a ver a sua seleção vencer, os colombianos saíram em massa às ruas para celebrar o triunfo pelo placar mínimo contra o Brasil. O saldo, porém, foi trágico: um menino de 11 anos morreu e duas jovens de 9 e 15 anos foram baleadas, além de ônibus e comércio depredados.

A morte ocorreu em uma rua de Medellín, no exato momento em que moradores comemoravam o único gol da partida, ainda no primeiro tempo. A polícia está investigando se foi uma bala perdida ou se o menino, filho de uma líder comunitária, foi assassinado de forma premeditada, segundo o jornal El Tiempo.

Em Bogotá, duas meninas foram vítimas de bala perdida, mas não correm risco de morte. Também na capital, ao menos 22 ônibus de transporte público foram apedrejados e saqueados após o fim da partida. Os vândalos levaram os extintores de incêndio, usados na comemoração. Em Santa Marta, no norte do país, lojas foram depredadas, mas não houve feridos.

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A torcida colombiana é a mais fanática do mundo, segundo pesquisa realizada há um ano por encomenda do jornal The New York Times. O levantamento mostra que 50% são muito interessados em futebol e que apenas 6% não dão nenhuma importância para o esporte. No Brasil, esse percentual é de, respectivamente, 40% e 12%.

Apesar do fanatismo, o desempenho da seleção cafeteira é pífio. A vitória desta quarta-feira, 17, foi apenas a terceira contra o Brasil, que parece ter ganhado o ódio eterno dos colombianos após a eliminação no jogo de quartas-de-final da Copa 2014 – o melhor resultado nesse torneio da história do país. A Colômbia ficou 16 anos sem participar de Copas do Mundo. O excesso nas comemorações do ano passado foi tão grande que a prefeitura de Bogotá teve de decretar Lei Seca em dias de jogo.

No jogo em Santiago, a entusiasmada torcida colombiana era a ampla maioria do estádio. Entre os poucos brasileiros, alguns aproveitaram para protestar contra o escândalo de corrupção na Fifa e na CBF. A Colômbia só ganhou uma Copa América, em 2001, em casa. É o único título da equipe principal. Agora, depositam as esperanças na geração liderada por James.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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