Após o final de ano, as festas e o período de intenso movimento no comércio, as lojas começam a se preparar para liquidar aqueles produtos que não foram vendidos e liberar espaço para as novidades que estão prestes a chegar. Um dos segmentos que mais apostam nas liquidações é o vestuário. Roupas e calçados de verão que não saíram podem ficar mais baratos e, assim, atrair aquele cliente que preferiu esperar para comprar o produto com preços mais baixos.
No entanto, o que preocupa é a nova onda de contaminações pela Covid-19. E os reflexos de momentos anteriores mais graves da pandemia no comércio são um fator que acaba prejudicando a realização de campanhas em algumas cidades do Vale do Rio Pardo. Outras, porém, acreditam que o resultado das liquidações será positivo. Confira abaixo uma panorâmica das liquidações nos principais municípios da região.
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Santa Cruz do Sul
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz, Ricardo Bartz, explica que a entidade não promove ações de liquidação entre seus associados. “O que se vê são ações isoladas de cada loja e segmento, que usam períodos específicos para liquidar seu estoque e renovar as vitrines para a nova estação”, comenta.
Bartz destaca que, no período compreendido entre janeiro, fevereiro e início de março, muitos lojistas aproveitam para fazer esse movimento e promover as liquidações. “Esta pode ser uma boa opção para o consumidor fazer suas compras, assim como para os lojistas é uma forma de ‘limpar’ a sua loja e levantar recursos para a renovação do estoque”, diz o presidente. Ele estima que, em determinados segmentos, pode ser possível incrementar o faturamento entre 15% e 20% em relação ao que seria normal para esses meses.
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Venâncio Aires
Neste ano, a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva) não irá promover o Liquida Venâncio, tradicional campanha organizada pela entidade. Segundo o presidente Vilmar de Oliveira, a decisão se deu principalmente pela instabilidade do momento e a dificuldade que algumas empresas ainda estão passando devido à pandemia. “Outro ponto importante para tal decisão é a realidade de cada loja, dificultando uma escolha coletiva para a data de realização do Liquida.”
Entretanto, conforme o presidente da Caciva, apesar de a liquidação coletiva não estar acontecendo, é possível perceber que diversas empresas, principalmente dos setores de roupas e calçados, já realizam suas liquidações de forma individual. “Pois é uma forma de vender as mercadorias que estão guardadas e também renovar o estoque para a nova estação”, observa Oliveira.
Rio Pardo
Em Rio Pardo, o momento não é bom para o comércio, segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Rio Pardo (Acis) de Rio Pardo, Nicanor Dias Moraes. Ele explica que algumas lojas estão fazendo suas campanhas próprias, mas a associação optou por não realizar nenhuma ação. “O movimento está muito fraco, bem abaixo da média. O motivo que a gente tem detectado é que muitos foram viajar, já que esse é um período de férias.”
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Moraes também percebe que há menos dinheiro circulando e muitas pessoas optam por gastar em festas e demais opções de lazer, prejudicando o comércio. “Para o comércio, faltou dinheiro. Como não houve uma injeção de recursos no mercado, o movimento caiu mais do que o normal para essa época do ano.” Além disso, para ele, há uma preocupação com o carnaval, que pode aumentar os índices de contaminados pela Covid. “Se piorar, o poder público pode querer fechar o comércio e isso é uma preocupação que a gente tem.”
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Vera Cruz
A Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária (Acisa) de Vera Cruz também não vai realizar campanha de liquidações neste ano. O presidente da entidade, Rafael Iser, diz que cada loja fará suas próprias ações para oferecer descontos aos clientes. Para ele, a expectativa é de boas vendas. “Acreditamos que nesse período pode aumentar o movimento se cada loja fizer sua própria liquidação.”
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Candelária
A Associação do Comércio e Indústria de Candelária (Acic) realiza a 22a edição do Liquida Candelária, com participação de mais de cem empresas. O presidente da Acic, Clairton Kleinert, comenta que cada estabelecimento é o responsável por definir o percentual de desconto que dará aos clientes. “A campanha vai até 19 de fevereiro. As empresas participantes estão identificadas com cartaz na vitrine ou dentro das lojas. Os descontos vão de 5% a 50% e algumas lojas oferecem até mais que isso”, salienta.
Conforme Kleinert, a expectativa nesta época é sempre positiva. “É um tempo bom para as vendas porque muitas pessoas, em novembro e dezembro, não conseguem fazer suas compras porque estão na lida com o tabaco. E em janeiro já venderam a safra e vão aproveitar fevereiro para comprar”, completa. Mesmo com a boa expectativa, para o presidente da Acic, a nova onda da Covid-19 pode atrapalhar um pouco.
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