Dois anos após o mundo entrar em parafuso por conta da pandemia que se alastra rapidamente deixando todos em alerta, ainda insistimos em agir da mesma forma em determinadas situações. Queremos tudo para ontem e esquecemos que é necessário respeitar o tempo. Não se trata de procrastinar, mas sim de compreender que algumas coisas demoram um pouco mais para acontecer. Já viram uma casa começar a ser construída pelo telhado? Impacientes, desejamos que simplesmente nosso objetivo se materialize num passe de mágica. Talvez esse senso de urgência seja fruto do receio diante das incertezas, que aumentam a cada dia.
Com isso, até mesmo as tarefas mais elementares acabam virando grandes desafios, pois há uma tendência de complicar aquilo que deveria ser simples. O que era para ser prazeroso vira sofrimento. Se não conseguimos algo, ficamos frustrados e até adoecemos. Este, aliás, é um reflexo do comportamento imediatista contemporâneo. Passamos por cima das regras de etiqueta e ainda achamos que estamos arrasando.
E com isso seguimos na correria. Aliás, parece que virou moda dizer que está “na correria” com trabalho, casa, filho, pet, academia ou seja lá o que for. É como se tudo tivesse adquirido um nível de complexidade ainda maior. Diante da correria adiamos ou empurramos compromissos para depois e, pior, esquecemos de aprender com os erros para evitarmos reincidência. Mesmo sem notar, repetimos padrões e fórmulas. Ideias nem tão novas reaparecem com um nome diferente, acompanhadas de estrangeirismos.
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O começo de ano costuma ser marcado pelas tradicionais resoluções, muitas das quais serão esquecidas antes mesmo do Carnaval. Contra isso, não há remédio. Mas que tal aproveitar este momento de aparente tranquilidade para fazer uma imersão em si e rever pequenas atitudes? Planejar é fundamental. Se quer mudar algo, defina como vai colocar em prática. Tenha cautela, para não meter os pés pelas mãos. Não basta assistir a um vídeo de 30 segundos de alguém que oferece a fórmula do sucesso e felicidade no mundo mágico das redes sociais. Inspire-se e busque fontes com credibilidade. Desconfie quando a informação vem de algum veículo do qual você nunca ouviu falar antes. Opte pelos meios tradicionais e pela experiência dos seus profissionais. Os jornais impressos sempre são grandes aliados nesta hora.
Com o tempo aprendi que omissões do presente viram caos amanhã, seja na vida particular (atenção aos cuidados com a saúde!) ou no ambiente profissional. Se não fizermos agora, continuaremos reclamando e achando desculpas. É preciso foco, disciplina e dedicação. Qualquer mudança, independentemente das proporções, traz desconforto. Mas não agir pode ser pior. No futuro vamos questionar se teria sido bom ou não. Mas aí, talvez seja tarde demais.
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