Iniciou às 9h30 desta quarta-feira, 15, no Fórum de Santa Cruz do Sul, o julgamento de Patrícia D’Ávila da Luz, de 21 anos. A jovem é acusada de ser a suposta mandante do assassinato de Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos – ela nega que tenha cometido o crime. O então mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, em sua própria casa, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande.
A ex-namorada de Tiago, Ana Paula Borstmann dos Santos, de 29 anos, e o pai do rapaz, Dirceu Aliandro Kohlrausch, de 56, acompanham o julgamento. Dentre as pessoas que foram intimadas a depor, está o delegado Alessander Zucuni Garcia. Ele foi o responsável pelo inquérito de 350 páginas, que terminou por indiciar Patrícia e o seu companheiro na época, o advogado Renato Andrade Ferreira, hoje com 33, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).
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Patrícia é mãe do único filho de Tiago, de 1 ano e cinco meses na época. Atualmente, a criança está com 3 anos. Conforme as conclusões do delegado, ela e o padrasto da criança teriam planejado e coordenado o assassinato do rapaz. O objetivo seria afastar o pai biológico do filho. Gabriel Nascimento da Luz, de 52 anos, tio de Patrícia, seria o dono do veículo utilizado pelos matadores que foram à casa da vítima e responde por homicídio duplamente qualificado. Renato e Gabriel serão julgados em um momento posterior.
A expectativa é que júri popular, presidido pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal do município, vá até o início da noite desta quarta-feira. Sete pessoas da comunidade fazem parte do corpo de jurados, sendo seis homens e uma mulher. Eles foram sorteados no início do julgamento, a partir de uma lista com 25 nomes. Após o depoimento das testemunhas, o promotor criminal Flávio Eduardo de Lima Passos terá uma hora e meia para apresentar as acusações.
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Parte desse tempo poderá ser disponibilizada ao advogado da família da vítima, Frederico Eick Martins, se assim o promotor decidir. O mesmo tempo de uma hora e meia será destinado à defesa de Patrícia, feita pelo escritório Agostini Kist Böhm & Kist (AKBK) Advogados, que possui no local uma equipe com sete advogados. Dois deles, Roberto Weiss Kist e Roberto Vanderli Kist, irão dividir o período.
Depois disso, se o promotor quiser realizar uma réplica, contará com mais uma hora. Se ele optar por essa prerrogativa, os advogados de defesa terão o mesmo tempo. Por fim, em uma sala reservada, a juíza irá perguntar aos jurados se condenam ou absolvem Patrícia D’Ávila da Luz. O processo completo sobre o caso chegou a cinco volumes e tem 716 páginas.
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