A rápida captura de dois suspeitos de participarem do assalto em Vera Cruz neste sábado, que acabou na morte do empresário Everton Schuh, foi possível através de uma técnica policial utilizada pelo Setor de Inteligência da Brigada Militar. Conforme o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, tentente-coronel Giovani Paim Moresco, a técnica é conhecida como mosaico.
“Tu entrelaça toda uma rede de informações, informantes e colaboradores, como se fosse uma tarrafa que vai fechando, que é o que a inteligência fez”, explicou. Segundo o comandante, a atividade conjunta entre o setor de inteligência regional e local foi unindo as informações e características para chegar aos dois homens presos, de 23 e 31 anos, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia.
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Segundo ele, a utilização do mosaico foi fundamental para a resposta rápida da BM à comunidade. “Tu analisa o fenômeno e começa a captar os detalhes, fazendo essa montagem.” Cerca de 30 policiais se uniram nas buscas e diligências, em Santa Cruz, Vera Cruz e região.
Para a captura, os PMs cercaram bairro de Santa Cruz – não divulgado para não comprometer a atividade. Ainda foram usados vídeos captados por câmeras de segurança e demais imagens. A ação teve o apoio do 35º Batalhão, de Cachoeira do Sul.
O crime
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A ação teve início pouco depois do meio-dia, quando o criminoso ingressou na padaria da qual Everton Schuh era proprietário e anunciou o assalto. Além de muitos clientes que almoçavam no estabelecimento, Schuh estaria no local fazendo a refeição com as duas filhas e a esposa.
O criminoso, que estava armado, levou dinheiro do caixa e, logo depois, ele fugiu a pé do estabelecimento, que fica na Rua Claudio Manoel. Schuh teria então pego a Fiorino da empresa e perseguido o criminoso. Já na rua lateral, ele alcançou o bandido quando o homem estava entrando em um veículo para fugir.
Testemunhas afirmaram ter visto Schuh segurar o bandido pela roupa e ser atingido em seguida pelo disparo. Ele morreu na hora, na Rua Tomás Gonzaga, que fica a poucos metros da padaria. O criminoso fugiu com o comparsa, que dirigia o carro.
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Schuh é lembrado por amigos e familiares como um homem alegre. “Quando ele não era o homem de negócios, sério, ele estava sempre sorrindo e cantando. Adorava cantar. Era desafinado, mas vivia cantarolando”, recorda a tia e madrinha, Gladis Olbermann.
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