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ESCOLA AGRÍCOLA

Com suspensão de aulas presenciais, Efasc adota nova dinâmica

Equipe da escola se reúne virtualmente duas vezes por semana para o planejamento e a instrumentalização das suas atividades

Sem aulas há quase dois meses, os monitores da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), desde a suspensão das atividades em consequência da pandemia da Covid-19, articulados pela coordenação e em contato com a diretoria da Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), trabalham na elaboração e na coordenação de uma série de atividades teórico/práticas para a realização em casa pelos estudantes.

As iniciativas levam em consideração o Plano de Formação Pedagógico da escola. O objetivo é buscar a manutenção do vínculo afetivo e de estudos com a instituição, envolvendo os estudantes e suas famílias nas pesquisas e nas práticas agropecuárias.

Para articular todo o processo, os monitores da escola se reúnem virtualmente duas vezes por semana. Em seguida, todo o material é disponibilizado aos estudantes via Google Drive (textos, videoaulas, áudio aulas, links de filmes/documentários). As informações mais urgentes são encaminhadas aos grupos de WhatsApp de cada turma. Uma pesquisa feita no início da pandemia revelou que cerca de 90% dos estudantes da Efasc têm acesso relativamente fácil à internet.

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Outro instrumento pedagógico da Efasc, a tutoria foi adaptada para este período. Cada monitor ficou responsável pelo contato direto via WhatsApp com um grupo específico de estudantes (no máximo dez), a fim de estabelecer um canal de comunicação para resolução de dúvidas, dificuldades técnicas, partilha das atividades realizadas, conversas em geral, especialmente para a manutenção do vínculo pedagógico.

No final de abril, com o objetivo de humanizar e tornar mais próximo esse período, o grupo de monitores elaborou um vídeo especial para os estudantes e as famílias, em que cada um relatou como estão as suas atividades em casa nesse período.

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Desde o início de maio, os monitores se organizaram em regime de plantão para manter a escola aberta às terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30. Seguindo todos os protocolos de proteção e higiene e com horário agendado, estudantes e famílias que apresentem alguma necessidade específica estão sendo atendidos.

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Novos passos

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O próximo passo da Efasc é a realização de videoconferências com cada uma das turmas, a fim de proporcionar um encontro “ao vivo” para compartilhar as atividades de cada estudante em casa, bem como repercutir as dificuldades relacionadas à pandemia e à estiagem em relação à agricultura familiar. A diretoria da Agefa também se reúne quinzenalmente de forma virtual para analisar o cenário.

Apesar de a pedagogia da alternância existente na escola requerer sempre a presença dos participantes (estudantes, famílias, monitores, associação e parceiros), o uso da tecnologia no atual período representa uma opção para garantir o menor prejuízo possível na formação dos jovens. E, também, uma forma de estabelecer a relação escola-família, base primordial da filosofia vivida pela Efasc.

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Suspensão das aulas

A Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) suspendeu as suas atividades no dia 16 de março, logo que o tema pandemia de Covid-19 ganhou os noticiários no Brasil, no Estado e na região. A coordenação da escola tomou a decisão em consonância com a diretoria da sua mantenedora, a Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), com o objetivo de garantir a segurança dos estudantes, das famílias e dos profissionais envolvidos no processo educativo da instituição de ensino. A medida leva em consideração o fato de os 110 estudantes de ensino médio técnico em agricultura serem oriundos de dez municípios do Vale do Rio Pardo, em uma faixa etária entre 14 e 18 anos de idade.

Dois aspectos principais foram levados em conta e reforçam a necessidade de isolamento: o fato de a Efasc ser um espaço de internato, onde os estudantes convivem 24 horas de segunda a sexta-feira em sala de aula, alojamentos coletivos e refeições, além de ser uma escola regional, que recebe jovens de 11 municípios do Vale do Rio Pardo. Além disso, os estudantes da Efasc, em sua maioria, moram junto ou perto dos seus avós, que compõem o grupo de alto risco em relação à Covid-19.

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