“No futebol, tudo pode acontecer”. A frase, bastante batida no mundo da bola, também é frequentemente adaptada para as quadras. Afinal, existem inúmeras histórias de superação, reviravoltas inesperadas e zebras. Só que, no caso da Associação Esportiva Sobradinho (AES)/Postos Betrin, embora a matemática ainda permita que a equipe sonhe, o impossível é muito improvável e a queda para a Série Prata de Futsal em 2019 já é tratada como a realidade do momento.
Somando apenas um ponto em 13 jogos na Liga Gaúcha de Futsal/Série Ouro, vindo de 12 derrotas consecutivas e tendo vencido apenas um jogo em 2018, ainda pela Copa Alto Jacuí, a AES vai para Ibirubá neste sábado, 4, com o pensamento de que ainda é possível uma arrancada, mesmo com um elenco cada vez mais reduzido. Negociados com o Foz Cataratas, time do técnico Cigano, os irmãos Pedro e João Fardin já não fazem mais parte do clube.
Distante dez pontos do Sase, último time fora da zona de rebaixamento, a AES sabe que o jogo contra a Asif é duríssimo. Ao menos, o tempo colaborou durante a semana e o clima frio e seco permitiu que os treinos ocorressem normalmente na quadra do Ginásio da Fejão. Mas é a parte psicológica que vem minando as chances do time na temporada. Os jogadores se entendem em quadra, criam chances de gol, mas a bola teima em não entrar. E no primeiro ataque adversário, gol.
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A tônica acima foi descrita pelo presidente Deoner Franceschett durante entrevista ao Giro do Esporte nessa semana. Nos microfones da Gazeta FM, o dirigente acredita que a campanha não condiz com o rendimento do time nos jogos. “Não eramos para estar nesta situação, mas como temos um time muito jovem, há dificuldades na hora de definir e fazer o gol”, comentou, citando o exemplo do jogo passado contra o Parobé, onde a AES teve chance clara logo no primeiro minuto e desperdiçou.
Deoner foi enfático quando questionado pela reportagem da Rádio Gazeta FM em relação ao futuro da Associação na temporada. “A AES não vai morrer. Ela vai cair, pois praticamente não tem mais volta. Mas vamos disputar a Série Prata no ano que vem e seguir em frente. O torcedor pode ficar tranquilo em relação a isso, pois eu vou até o fim”, avaliou.
Projeto deixado de lado
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No terceiro ano consecutivo na elite do futsal gaúcho, a AES enfrenta uma delicada situação financeira, que vem se arrastando há algum tempo, se agravou no ano passado e estourou neste ano. Com poder de investimento reduzido, a saída encontrada pela diretoria, que teve Deoner reeleito no início do ano, foi iniciar um projeto para quitar os débitos existentes e impulsionar o trabalho com as categorias de base.
Trazendo reforços baratos pouco conhecidos e mantendo a garotada do ano passado, além dos veteranos Misco e Alan, a equipe deu a largada para o ano. Mas Deoner lamenta que o projeto foi “abandonado”, sem citar nomes. “Sentamos com diversas pessoas e fizemos um projeto, que é algo que, quando iniciado, leva 3, 4 anos para se firmar. Mas quando dá três meses e os resultados não aparecem, a maioria abandona e deixa a Deus dará. Falta mais comprometimento”, desabafou.
A AES possui a folha salarial mais baixa da Liga Gaúcha. “É menos do que a metade da mais baixa dos demais times”, comenta Deoner, que garante que ainda chegarão novos reforços.
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