Santa Cruz do Sul

Com proposta de reconhecimento da cidade, aconteceu o primeiro Jane’s Walk de Santa Cruz

Pela primeira vez, Santa Cruz do Sul contou com uma edição do Jane’s Walk. O evento aconteceu na tarde deste sábado, 26. A caminhada, feita em várias partes do mundo, tem como objetivo vivenciar a cidade de uma forma diferente, com olhares atentos à presença da natureza no ambiente urbano, às variadas formas arquitetônicas, entre outras características.

Nesta primeira edição, a caminhada saiu da frente da Padaria Pritsch e seguiu até o Monumento ao Imigrante, pela Rua Marechal Floriano. O tema escolhido foi “DiverCIDADE”. De acordo com um dos cooorganizadores, Paulo Jorge Riss da Silva, que é arquiteto e urbanista, o Jane’s Walk propõe caminhadas não somente para a valorização do patrimônio histórico e ambiental, mas principalmente para começar a reconhecer a cidade. “Ter um olhar que seja diferente daquele que muitas vezes se tem, que é mais pragmático, de plano diretor. É mais no sentido de vivenciar e ter uma multidiversidade de olhares sobre o espaço urbano”, explicou.

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No mundo, já foram 466 edições do evento. Assim, a caminhada de Santa Cruz do Sul se tornou a 467ª edição. Conforme Silva, o trajeto foi escolhido para que houvesse linearidade. “Começando na Pritsch e indo até o Monumento ao Imigrante a gente pega uma parte da cidade que é essencial para o crescimento dela. É uma parte muito significativa em termos turísticos, ambientais, paisagísticos e é um trajeto reto em que a gente consegue ver a evolução da história e todas as transformações que ocorreram.”

O evento foi organizado pelo Grupo de Pesquisa Estudos Urbanos e Regionais (Gepeur), do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e pelo Observatório do Desenvolvimento Regional (Observa DR).

Fotografias antigas do acervo do Centro de Documentação (Cedoc) Histórica da Unisc. Conforme o coordenador do Gepeur, Rogério Silveira, a ideia de levar as fotos surgiu para que fossem realizadas paradas em determinados pontos da caminhada e para que fossem vistos os cenários atuais e comparados com os cenários de épocas passadas. “O objetivo é mostrar as transformações urbanas. Uma das fotos mais significativas é bem aqui neste ponto, em frente de onde hoje é a Padaria Pritsch. É uma foto de 1908, antiga Descida dos Tatsch, toda essa área era a Chácara dos Tatsch”, complementou.

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Rogério Silveira com uma das fotos, que mostra a antiga Descida dos Tatsch. | Fotos: Bruno Pedry

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Saiba mais

O Jane’s Walk surgiu em Toronto, no Canadá, como uma homenagem à ativista Jane Jacob. Pensadora da dinâmica das cidades, a partir de observações durante caminhadas, ela é autora do livro “Morte e vida de grandes cidades”, de 1961, que revolucionou o planejamento urbano.

Segundo Rogério Silveira, os problemas urbanos contemporâneos fazem com que o nome de Jane ressurja com força. Uma próxima edição já está sendo programada para o ano que vem, e é provável que aconteça em maio, também como homenagem à Jane, já que foi em maio que ela veio a falecer.

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caroline.garske

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caroline.garske

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