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Rio de Janeiro

Com Olimpíada, mulheres tomam banho nuas no Rio para divulgar o veganismo

A produção de um bife demanda quantidade de água equivalente a 50 banhos de banheira. E para chamar a atenção sobre esse desperdício, duas mulheres nuas tomaram banho de banheira nesta quinta-feira, 4, no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. O vento frio não desanimou as militantes da ONG People for the Ethical Treatment of Animal (Peta), que ficaram cerca de uma hora na banheira segurando placas em defesa do veganismo, dieta que exclui o consumo de qualquer produto de origem animal.

Vegana há 20 anos, a diretora associada de campanhas da Peta, Ashley Byrne, contou que o banho é uma performance que tem dado bons resultados em outros países e a Olimpíada Rio 2016 é o evento ideal para conscientizar um público ainda maior. “O mundo está de olho no Rio por causa dos Jogos e essa é a oportunidade para que mais pessoas saibam que a indústria da carne está causando destruição massiva ao meio ambiente. Não apenas desperdício de água, como também erosão do solo, aquecimento global, sofrimento dos animais”, declarou ela.

“Dados e estatísticas, apenas, geralmente não são suficientes para engajar as pessoas. Mas um banho como este faz as pessoas pararem um pouco para aprender sobre os fatos e depois procurarem mais informação sobre as vantagens de ser vegano e de seus benefícios para o meio-ambiente”.

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Byrn ressaltou que uma pessoa que adota o veganismo economiza até 829 mil litros de água por ano. Uma tonelada de vegetais exigem o consumo de 322 mil litros de água. Para produzir 1kg de carne – garante a peta – são necessários 15 milhões de litros de água e para um litro de leite, 683 litros de água.

O ascensorista Pedro Soares estava no horário de almoço quando passou pelo Largo da Carioca. “Não tinha como não parar para ver. Não é sempre que duas belas mulheres tomam banho ao ar livre”, brincou ele. Carnívoro, não sabia que se gastava tanta água com a produção de um bife. “Não vivo sem uma carninha, mas posso tentar diminuir, tentar comer dia sim, dia não”, disse o ascensorista.

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