As obras no calçadão da Floriano foram paralisadas neste fim de ano para evitar mais prejuízos aos comerciantes da principal rua de Santa Cruz do Sul. Iniciadas em 26 de junho, as intervenções executadas até hoje foram acanhadas. Quando o prefeito Telmo Kirst assinou a ordem de início das obras de revitalização, em 3 de março, a previsão de conclusão era de oito meses. O novo pavimento foi colocado em somente duas quadras, e os espaços para ampliação das calçadas ficaram incompletos, ainda com terra e brita. Quando chove, os pedestres convivem com a lama.
As falhas nas emendas entre o calçamento novo e o antigo geram queixas dos motoristas pelo baque provocado nos veículos. De positivo, o trânsito não sofrerá novas interrupções até a retomada dos trabalhos, em janeiro, o que era motivo de engarrafamentos nos horários de pico. Em outubro, após a elaboração de abaixo-assinado de comerciantes e moradores, o Ministério Público cobrou a Prefeitura e a empresa responsável sobre a lentidão das obras.
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Segundo o empresário Lauro Mainardi Júnior, os comerciantes não foram ouvidos na elaboração do projeto. Para ele, faltaram critérios para a contratação da empresa Progetto Sul Ltda. “É uma obra prioritária e deveria ter celeridade. A empresa contratada não demonstrou capacidade. Com a pandemia, o início até poderia ter sido adiado. A obra causou transtornos a todos”, frisou. Segundo ele, o faturamento caiu 30% mesmo após a reabertura dos estabelecimentos no período de flexibilização das atividades.
“Temos problemas de acessibilidade, o aspecto da rua é negativo. Decoramos o interior e a fachada da loja para criar clima propício às compras. Coloquei brita para formar um caminho da rua até a calçada. Coloquei nas emendas também para o motorista não ter aquele baque”, disse. Como solução, Mainardi propõe a suspensão do contrato com a empresa atual, para a contração de outra mais capacitada.
A empresária Cristiane Delai de Freitas ressalta que a liberação do trânsito ajudou a incrementar as vendas. A semana natalina, segundo ela, gera expectativas para melhora nos resultados. “Estamos preparados para atender da melhor forma. Solicitamos a paralisação das obras neste mês para não afetar o movimento, e estamos confiantes para alcançar os objetivos”, sublinha. Gerente de uma loja de cosméticos, Lilian Lima cita a impossibilidade de estacionar na quadra entre a 28 de Setembro e a Borges de Medeiros como principal empecilho.
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