A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de suspender o uso de radares móveis a partir da semana que vem já repercute no País. Ele fez o anúncio no fim da manhã ao inaugurar parte da duplicação da BR-116, em Turuçu, na região de Pelotas. Bolsonaro criticou o que chama de “indústria da multa”, disse que ouviu “muita gente” para tomar a decisão e que quer acabar com “armadilhas” existentes em estradas. No entanto, não deu detalhes de como se dará este processo de suspensão do uso de radares móveis e nem se a regra valerá para todos os organismos de fiscalização ou somente para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), sobre a qual tem gestão por meio do Ministério da Justiça.
Idealizadora da Fundação Thiago Gonzaga e diretora institucional do Detran do Rio Grande do Sul, Diza Gonzaga alerta que “com menos fiscalização vamos perder vidas”. Ela concorda que há casos de “pegadinhas” para os motoristas, como citou o presidente, mas defendeu o uso de pardais e radares móveis nas estradas. “Fala-se muito na indústria da multa. Mas podemos quebrar a indústria da multa a qualquer momento. Basta respeitar as regras de trânsito”, destacou Diza, símbolo na luta pela redução dos acidentes no Estado.
“Acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre os jovens no Brasil. Para mudar isso temos que trabalhar com engenharia, fiscalização e educação”, defendeu a especialista, lembrando que somente no ano passado 108 pessoas perderam a vida no trecho sul da BR-116, do qual faz parte o trecho inaugurado por Bolsonaro nesta segunda.
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