Começa a tramitar nesta segunda-feira, 25, a proposta do líder de governo, vereador Henrique Hermany, para realização de duas sessões ordinárias semanais na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. O Progressista quer que o Legislativo municipal se reúna também às quintas-feiras – além das segundas, como faz atualmente.
O atual presidente da Câmara de Santa Cruz, Ilário Keller, falou a respeito do projeto em entrevista ao jornalista Ronaldo Falkenback, na Rádio Gazeta FM 107,9, na manhã desta segunda-feira. Keller defendeu o debate na casa e o respeito à vontade da maioria, mas, pessoalmente, se disse contra a proposta. “Na verdade, necessidade de mais reunião para votar os projetos que tramitam hoje eu não vejo. Mas a gente tem que respeitar, tem muita gente chegando, com ideias novas, e a gente tem que abrir essa discussão, com muita tranquilidade”.
O presidente ressaltou que a mudança geraria mais custos ao Legislativo. Somente com pessoal, o gasto poderia crescer em R$ 2 milhões por ano. As projeções foram feitas considerando o posicionamento da bancada do PTB, que afirmou que proporia emenda ao projeto de Hermany, prevendo a realização de três sessões por semana.
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“Nós já levantamos alguns custos, vamos ter que aumentar número de funcionários, em vez de uma pauta são três pautas, então isso envolve um trabalho muito grande fazer três pautas por semana. Hoje nós trabalhamos enxuto, com em torno de dez funcionários na parte administrativa e eu acredito que fazendo três reuniões semanais certamente vamos ter que aumentar esse quadro pelo menos para 20 pessoas. Isso geraria um custo inicial de em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões por ano”, projetou.
Na justificativa do projeto, o líder de governo Henrique Hermany incluiu um levantamento do funcionamento dos Legislativos nos dez municípios com maior PIB no Rio Grande do Sul. Sete deles realizam mais de uma sessão por semana. Keller lembrou, no entanto, que estas câmaras têm quadros de servidores muito maiores, com até cem funcionários. “Se nós queremos gastar o dinheiro inchando a máquina da Câmara, eu sou contra. Eu acho que nós podemos produzir tranquilamente aquilo que estamos produzindo hoje com a máquina enxuta”.
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O presidente da Câmara destacou que outros custos também cresceriam, citando as horas extras dos servidores, a energia elétrica e o valor pago a uma empresa, contratada por licitação, para as filmagens e transmissão em vídeo das sessões. Esta empresa é remunerada por horas de captação de imagens. Keller acredita que possam ser convocadas mais sessões para discussão de propostas específicas, mas de forma extraordinária, utilizando meios já previstos no regimento.
O vereador disse que tem discutido a questão com as lideranças dos partidos, para chegar a um consenso, considerando as diferenças na forma de trabalhar dos colegas. “Eu vou na linha de que fazer mais reunião não significa mais produtividade. Nós vamos prender os vereadores mais na Câmara. Os vereadores vão estar mais dentro da Câmara discutindo, usando tribuna, e vão estar menos junto à comunidade”.
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A sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira, 25, começa às 16 horas. O projeto que amplia a quantidade de sessões na semana começa a tramitar, mas não pode ser votado ainda nesta reunião.
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