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Com maior valorização, arroz retoma área plantada na região

O cultivo de arroz no Rio Grande do Sul teve queda de 5% na área plantada em relação à última safra. Conforme o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do escritório do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) de Rio Pardo, essa situação teve mais impacto na Fronteira Oeste e na região da Campanha, onde os produtores não conseguiram encher os reservatórios no período do inverno. Dessa forma, não havia água suficiente para plantar toda a área disponível para o arroz. “Como lá são grandes áreas, acabou reduzindo o número geral no Estado”, explica.

No Vale do Rio Pardo, porém, ocorreu um pequeno incremento de 6% no cultivo em relação à safra passada. “Na verdade nem foi um aumento, foi uma recuperação de áreas nas quais os produtores haviam deixado de plantar, em razão do preço pago pela saca de arroz estar muito baixo. Como o valor reagiu nessa última entressafra, alguns produtores acabaram aumentando um pouco o plantio”, frisa Tatsch. Ele ainda observa que muitos agricultores já estão com um sistema de rotação consolidado e, dessa forma, a maioria optou por não fazer alterações e seguir plantando a soja nas áreas de várzea.

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A exemplo do milho e da soja, o arroz também teve grande valorização no mercado nacional em 2020. “Apesar disso, 95% dos arrozeiros já haviam vendido a produção e não pegaram esses preços. Agora temos uma boa perspectiva.” A saca do arroz chegou a bater em R$ 110,00 no fim do ano passado, mas hoje varia entre R$ 85,00 e R$ 90,00.

Contudo, Tatsch alerta que esse preço deve baixar depois do início da venda da safra, em função da maior oferta do produto no mercado. Para se ter uma ideia, o valor da saca ficou estagnado entre R$ 35,00 e R$ 50,00 por vários anos, chegando a tornar a atividade inviável.

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