De amistoso, a partida entre Brasil e Uruguai nesta sexta-feira, 16, no Emirates Stadium, em Londres, não teve nada. Com entradas duras, carrinhos, muita briga pela bola, reclamações e oito cartões amarelos distribuídos pela arbitragem, o time do técnico Tite levou a melhor ao vencer por 1 a 0, graças a um gol de pênalti de Neymar. Agora, na terça-feira, 20, a seleção volta a campo para enfrentar Camarões, novamente na capital inglesa, para fechar a temporada de 2018.
Se o treinador brasileiro queria usar o duelo diante dos rivais sul-americanos como um teste para a disputa da Copa América, principal competição do próximo ano e que será realizada no Brasil, o ponto alto foi o desempenho do atacante Neymar, melhor opção ofensiva da equipe e com uma postura bem diferente da que apresentou na Copa do Mundo na Rússia.
Com a bola no pé, Neymar foi o responsável pelas principais jogadas de perigo da seleção. Ele cobrou falta com perigo e fez um gol, mas a arbitragem corretamente marcou impedimento. Arriscou chutes de longe e teve ótima movimentação, principalmente pelo lado esquerdo do ataque, para tentar furar o bloqueio rival.
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Mas o que mais chamou atenção foi o comportamento de Neymar. Ele sofreu com as faltas uruguaias, mas levantou e seguiu o jogo. Não reclamou e revidou apenas jogando bola. Falou com o árbitro somente o necessário e como capitão da seleção. Enfim, teve uma postura que contrastou com a vista na Copa do Mundo, quando ele viu a sua fama de cai-cai superar as fronteiras internacionais.
E é esse tipo de Neymar que Tite quer ver na seleção, um jogador que é diferenciado e que se mantiver a postura apresentada diante do Uruguai na Copa América tem tudo para ajudar o Brasil a conquistar o título que não vem desde 2007, quando a equipe comandada por Dunga levantou o troféu na Venezuela.
Se Neymar brilhou, Douglas Costa ficou devendo. Ele não conseguiu levar a melhor sobre Laxalt e perdeu uma grande oportunidade de mostrar serviço. Do outro lado, os estreantes Mathias Suárez e Bruno Méndez tinham muita dificuldade para parar Neymar, Filipe Luís e quem mais caía pela esquerda do ataque brasileiro.
No primeiro tempo, apesar do domínio verde e amarelo, com posse de bola e até o gol anulado de Neymar, as melhores chances foram da seleção celeste. Na primeira, Suárez chutou forte, após vacilo de Danilo, e Alisson espalmou. A outra foi com Cavani, que chutou de primeira para boa defesa de Alisson após belo passe de Luis Suárez.
Na etapa final, o Uruguai voltou melhor, pressionou e quase marcou em cobrança de falta de Suárez. Tite percebeu que alguns jogadores não estavam rendendo e colocou Allan e Richarlison em campo. Pouco depois, Danilo acabou sofrendo pênalti. Após muita reclamação dos uruguaios, pois a bola tocou na mão do lateral-direito antes da falta, Neymar cobrou com perfeição e garantiu a vitória brasileira.
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