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Com estiagem, Rio Jacuí fica abaixo dos 6 metros em Rio Pardo

A falta de chuva na região da Barragem do Anel de Dom Marco, em Rio Pardo, ocasiona uma situação incomum no Rio Jacuí, que registrou cheias históricas recentemente. Nesta terça-feira, o nível estava em 5,85 metros na jusante, abaixo dos 7 metros, que é o normal. Um dos mais baixos dos últimos anos foi registrado em maio de 2012, quando a medição chegou a 4,5 metros.

Entre os últimos dias 3 e 17 foram registrados apenas cinco milímetros de chuva. A falta de vazão fez com que a comporta da barragem do Fandango, em Cachoeira do Sul, fosse fechada, o que contribuiu para a redução do nível em Rio Pardo. A grama amarelada é um sinal da estiagem, conforme o encarregado Laudir Rosa. Os únicos a comemorar são os veranistas, que terão uma faixa de areia maior nos balneários.

Na Barragem de Amarópolis, em General Câmara, a situação é mais crítica. O nível do rio está em 2,2 metros, sendo que o normal seriam 5,4 metros. O encarregado Edgar da Silva Rosa considera a estiagem uma das piores que já viu, pois impede a navegação da maioria das embarcações. Uma das alças das comportas receberá reparos, mas segundo ele nada interfere no nível atual do rio.

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Porto Ferreira não tinha redução tão grande há muitos anos. Foto: Bruno Pedry.

Panorama é atípico no Porto Ferreira

Roberto Patta
roberto@gazetadosul.com.br

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A falta de chuvas regulares tem provocado situações inusitadas, como a registrada no Porto Ferreira. Segundo o presidente da Associação de Moradores, Carlos Roberto Almeida, o Magrão, a última vez que o Rio Jacuí esteve muito baixo foi no inverno de 2012.

“Pelo que soube há várias comportas abertas no Santo Amaro e vai baixar ainda mais o nível”, comentou. “Em 2015, quando foram duas enchentes seguidas, e no ano passado nunca ficou assim”, completou. Outros problemas começaram a aparecer por conta da estiagem. “No sábado, já dava para ver os tocos de árvore. Essa semana já era quase toda a árvore”, disse Magrão, que demonstra preocupação com a meteorologia. “Vai complicar muito. A previsão é que não se tenha muita chuva neste verão.”

De acordo com o pescador Derli dos Santos, 52 anos, além dos tocos, pedras apareceram no Porto Ferreira na última semana em razão da estiagem. “Moro aqui há muitos anos e fazia um bom tempo que o rio não dava uma baixada”, relembrou ele, que por estar acostumado a viver no local, classifica a situação como normal. “Talvez para outras pessoas impressione mais.”

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Conforme Santos, a seca no Jacuí proporciona dois cenários diferentes. “Vai dar mais movimento na praia, porque o ano passado não deu, estava abaixo d’água. Só que para navegação é ruim. Tem lancha quebrando, existem bancos de pedra e areia no meio do caminho. Se continuar assim, vai ser pior”, observou.

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