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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Com duas irmãs, manutenção do santuário passou a ser considerada inviável

A transferência do Santuário de Schoenstatt da BR-471 para uma casa na Rua Thomaz Flores, no Centro, foi um assunto muito debatido nas últimas semanas. Informações desencontradas acabaram surgindo e dúvidas começaram a pairar na comunidade.

A irmã Rosequiel Lopes Fávero, da assessoria de Comunicação do Movimento Apostólico de Schoenstatt, esteve nessa terça-feira, 17, na Gazeta Grupo de Comunicações para esclarecer alguns pontos sobre a questão. Ela concedeu entrevista ao programa Rede Social, da Rádio Gazeta.

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Segundo ela, apenas duas irmãs são responsáveis pela manutenção do santuário, uma delas em idade avançada. Com isso, a missão de administrar o local tornou-se desgastante. Além disso, outros problemas perturbavam a rotina, como o acionamento do alarme todas as noites e a dificuldade de deslocamentos para retiros e encontros, já que uma das irmãs ficaria sozinha no local. O custo alto de manutenção da extensa área era mais um empecilho.

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De acordo com Rosequiel, a localização distante do santuário e a insegurança são fatores debatidos no movimento há três anos. A mudança foi efetivada um mês atrás, quando o altar, os ornamentos e a estátua do padre José Kentenich, fundador do movimento, foram levados para a casa onde residiram há mais de 70 anos, época em que Santa Cruz contava com até dez irmãs. O convite foi feito pelo bispo dom Aloísio Dilli, ciente das dificuldades enfrentadas por elas. No novo endereço, as irmãs também podem contribuir para o trabalho pastoral da Catedral São João Batista.

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Rosequiel salientou que o compromisso das irmãs é manter o santuário como local de oração e formação. Porém, segundo ela, esses objetivos estão sendo inviabilizados. “Estávamos com dificuldades de manter os grupos de casais, da juventude. Não teríamos como desenvolver atividades noturnas. Muitas lideranças do movimento participaram da decisão. Famílias foram visitadas e explicamos a situação”, comentou.

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A convite do bispo dom Aloísio Dilli, religiosas agora estão em casa na Thomaz Flores | Foto: Lula Helfer


Exemplos de outros lugares

As irmãs ficaram impressionadas com a repercussão da transferência para o Centro. Artigos e cartas foram publicados na Gazeta do Sul e manifestações tomaram conta das redes sociais. Muitas pessoas colaboraram na construção do santuário de forma voluntária, o que fornece uma sensação de pertencimento às famílias envolvidas com o movimento.

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Segundo a irmã Rosequiel, é importante valorizar todos aqueles que, de alguma forma, se mobilizaram para a consolidação do Santuário de Schoenstatt. “O Monte Tabor, como é chamado aquele local, não passava de mato, pedra e cobra. Aos poucos, foi transformado em um paraíso. Não fizemos nada sozinhas. Quem colaborou conosco tem carinho pelo local. A irmã Vitória, uma das mais antigas, era muito conhecida e criou um vínculo grande com a comunidade”, frisou.

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Rosequiel citou outros santuários espalhados pelo Brasil com características distintas. O País conta com 23, e o de Santa Cruz foi o quinto. Em alguns casos, como no Norte do Paraná, os santuários contam com apenas uma irmã, mas apoiada por um grupo de leigos responsáveis pela administração. Em Porto Alegre, por exemplo, o lugar sagrado fica em uma casa no Bairro Assunção, com jardim na frente. Para finalizar, ela exaltou a manifestação da comunidade. “É de muito valor que as pessoas digam o que pensam. Se estão de acordo ou não. O mais importante é que venham falar com a gente, para que possamos dialogar sobre o santuário”, comentou.

Irmã Rosequiel: repercussão inesperada
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