Faltando 11 dias para o encerramento da campanha contra a gripe no Rio Grande do Sul, a cobertura vacinal da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) está abaixo da expectativa. A meta da pasta é imunizar 107 mil pessoas dos grupos prioritários (crianças, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde e professores) contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. No entanto, até a última sexta-feira, 25, foram alcançadas 57.152 pessoas, apenas 53,41% do total.
Até o momento, nenhum dos 13 municípios de abrangência da 13ª CRS atingiu a meta. O que está mais próximo é Mato Leitão, com 78% das pessoas vacinadas, seguido por Herveiras, com 70,2%. Aquele com o menor porcentual de cobertura é Gramado Xavier – 28,53%. Em Santa Cruz do Sul, o índice está em 58,47%.
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Na divisão por grupos prioritários, com meta de atingir 90% de cada público, o das puérperas se destaca, com 69,9%. O das crianças de 6 meses a menores de 6 anos está com 62% de cobertura. Os profissionais da saúde aparecem logo atrás, com 57,9%, e depois o grupo das gestantes, com 53,7%. Os idosos são os que menos se vacinaram, apenas 50,4%.
Conforme a coordenadora do setor de Imunizações da 13ª CRS, Jaqueline Thier Müller, são várias situações influenciando a baixa adesão. A principal seria o fato de a aplicação da vacina da gripe estar sendo realizada de forma simultânea com a vacina contra a Covid-19 – muitas pessoas estariam priorizando o imunizante contra o coronavírus. “A aplicação simultânea tem impactado alguns grupos, como o dos professores, em que coincidiu com o início da vacinação contra a Covid. No entanto, no caso das gestantes, crianças, idosos e trabalhadores da saúde, já deu tempo de se vacinarem”, explica.
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Outro fator é a digitação das doses aplicadas no sistema. “As equipes de saúde dos municípios estão no seu limite e pode estar ocorrendo atraso no registro, já que a orientação é digitar as informações pelo menos uma ou duas vezes por semana. Com esse atraso, temos uma quantidade e, na verdade, pode ser outra.”
Jaqueline cita a importância de as pessoas dos grupos prioritários se imunizarem contra o influenza e também contra o coronavírus. “O vírus da influenza não vai deixar de circular por causa do vírus da Covid-19, e estamos bem no período de sazonalidade da doença que, por si só, já costumava aumentar muito a demanda dos hospitais. Agora, se somar com a Covid-19, a situação pode ficar ainda mais complicada”, alerta. “Por isso, é importante que as pessoas que são do público-alvo procurem os postos de saúde e se protejam.” Também é fundamental que fiquem atentas ao prazo entre um imunizante e outro. “O intervalo deve ser de no mínimo 14 dias entre a vacina da gripe e a da Covid”, diz Jaqueline.
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Público-alvo
A vacinação, que neste ano teve início em 12 de abril, foi dividida em fases. A primeira, até 10 de maio, contemplou crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. A segunda, entre 11 de maio a 8 de junho, foi voltada a professores de escolas públicas e privadas e pessoas com 60 anos ou mais.
A terceira e última fase, que teve início em 9 de junho e se estende até o 9 de julho, é voltada a pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, integrantes das forças de segurança e de salvamento, Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, portuários, funcionários do sistema prisional e adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos, sob medida socioeducativa e privados de liberdade. A 13ª CRS informou que até o momento não recebeu nenhum tipo de orientação da Secretaria Estadual da saúde sobre a prorrogação do prazo da campanha de vacinação.
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