Olá, pessoal! Tudo bem? Começamos esta semana agradecendo aos céus pela chuva desse domingo, 16, e que prosseguiu nessa segunda-feira, 17, em boa parte da região. No domingo à tarde, aqui em nossa localidade, Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul, deu 19 milímetros. Não é muito, mas ao menos garantiu algum alívio para as plantações. Mas nessa segunda já seguia de novo o mormaço, algo nunca visto.
No domingo a temperatura, como se viu, ficou acima dos 40 graus. Com tanto calor, a terra praticamente ferve, e nada suporta. Nós aqui em casa concluímos a colheita do tabaco, mas quem ainda tem produção na lavoura, como a da foto de uma propriedade aqui da região, pode ver dia após dia as plantas se entregarem. Não há como essas folhas suportarem um sol tão quente, e, ainda com a falta de chuva das últimas semanas, praticamente não há o que se possa fazer: o tabaco simplesmente seca na lavoura.
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Se o tabaco em toda a região, que se ressente da falta de chuva, começa a se entregar na lavoura, propriedades que adotaram sistemas de irrigação nos últimos anos testemunham uma situação bem diferente. Na semana passada, fomos, eu e o Alan Toigo, meu colega da página Fumicultores do Brasil, visitar o produtor Valnir Plamer, de Canguçu.
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Ele plantava 60 mil pés de tabaco e vinha acumulando prejuízos em várias safras por causa da persistente seca de verão no Sul do Estado. Então ele e a família resolveram investir em irrigação para ao menos 45 mil pés, que era a quantidade para a qual dispunha de água (foto abaixo). Deu tão certo que com apenas os 45 mil irrigados ele colheu apenas mil quilos a menos do que quando plantava 60 mil. E aí optou por seguir plantando apenas 45 mil.
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O investimento foi alto, mas compensa. É preciso ter água disponível e, principalmente, vontade de seguir na agricultura por mais anos, porque o custo se abate ao longo do tempo. Mas fica claro que, com irrigação, de fato é possível fazer frente à estiagem.
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Com o sol forte dos últimos dias, praticamente não há tarefa que se possa fazer na lavoura. Com isso, vamos aproveitar para começar a classificar o tabaco, nos preparando para a venda. Mas ainda vamos esperar para isso, a fim de ver qual vai ser o resultado da nova rodada de negociação do preço. Atravessadores e empresas pequenas estão a mil à procura do produto, e a gente vai conferir o andamento da compra porque este é um ano em que, com a quebra de safra, a gente precisa valorizar muito bem cada folha.
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