A entidade que reúne as empresas de tabaco completa neste sábado 76 anos de atuação pela sustentabilidade de todos os elos da cadeia produtiva. Criada em 1947, com o nome de Sindicato da Indústria do Fumo, a representação surgiu a partir da necessidade de organização das indústrias do setor junto aos trabalhadores e órgãos governamentais. Desde então, a sua área de abrangência aumentou para as diversas regiões do Brasil e houve alterações na denominação, que desde 2010 é Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
Com papel importante nas ações pela manutenção da produção e das operações industriais, o sindicato busca se antecipar às necessidades de inovação. Há várias décadas, o setor implementa ações relacionadas com ESG (Environmental, Social and Governance), uma das siglas mais comentadas no mundo corporativo na atualidade. Mesmo antes de se falar em ESG, o setor do tabaco já conduzia atividades visando o ambiental, o social e a governança dentro dos propósitos de produção sustentável.
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“Diversas iniciativas antecederam as exigências, tanto relacionadas às leis como aos clientes. O próprio Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), criado em 1918, já era um prenúncio da capacidade de organização do setor no Brasil e o SindiTabaco baseou muitas de suas práticas nessa integração. O incentivo à produção florestal energética, que ocorre desde 1978 e mantém o setor autossuficiente em lenha para as estufas, é um exemplo. Há ainda o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, realizado há 23 anos e criado antes de haver lei sobre logística reversa”, comenta o presidente da entidade, Iro Schünke.
“No âmbito social, o combate ao trabalho infantil desde a década de 1990, o incentivo à diversificação das propriedades e a conscientização sobre a saúde e a segurança do produtor são práticas constantes. São ações que resultam no fortalecimento da cadeia produtiva e na consequente estabilidade do Brasil no topo do ranking mundial de exportações há três décadas”, celebra o executivo.
1947 – Em 24 de junho, o Sindicato da Indústria do Fumo foi reconhecido como entidade sindical. Mas o embrião da entidade havia sido lançado antes, em 4 de dezembro de 1942, quando foi fundada a Associação Profissional da Indústria do Fumo.
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1978 – Início das ações de incentivo ao reflorestamento visando à autossuficiência energética. Atualmente, em média, 8,4% da área das propriedades produtoras de tabaco é coberta por espécies exóticas e 14% por mata nativa. O plantio de floresta energética supre as necessidades de madeira e lenha, contribuindo para a preservação e a recuperação da mata nativa.
1998 – Criado o programa “O Futuro é Agora!”, de combate ao trabalho infantil. Algumas das ações de destaque são o início de uma extensa campanha de conscientização voltada a produtores de tabaco, parte de acordos com MPT-RS em Brasília. Em 2011 houve a criação do Programa Crescer Legal, com atuação centrada no incentivo à educação dos filhos dos produtores, em especial adolescentes. Em 2012, foi realizado um treinamento de 1,2 mil orientadores de campo das empresas de tabaco sobre a proteção da criança e do adolescente, com a participação de agentes da Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
2000 – Início da coleta itinerante do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. O recebimento das embalagens segue um cronograma previamente estabelecido e amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, bem como pelos orientadores agrícolas das empresas associadas. Atualmente, são visitados 1,8 mil pontos de coleta em 381 municípios.
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2011 – Assinado acordo inédito com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério do Meio Ambiente para monitoramento da Mata Atlântica. Entre os compromissos estão a produção e a comercialização conforme as normas ambientais vigentes e o monitoramento por satélite, com o objetivo de acompanhar a conservação dos remanescentes florestais em três das áreas do Rio Grande do Sul.
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2015 – Fundação do Instituto Crescer Legal, para ofertar alternativas aos jovens rurais e combater o trabalho infantil. Em 2016, o Programa de Aprendizagem Profissional Rural passou a oferecer uma oportunidade de qualificação e de renda a jovens rurais, por meio da Lei da Aprendizagem, com curso voltado à gestão rural e ao empreendedorismo. Além disso, em 2017 foi criado o programa Nós por Elas – A voz feminina do campo, e, em 2020, o programa Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação.
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2023 – O setor chega à marca de 30 anos ininterruptos de liderança nas exportações de tabaco.
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