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Com as medidas do governo, é hora de apertar o cinto

As medidas adotadas pelo governo federal para colocar a economia do País em dia estão pesando no bolso dos brasileiros. As mudanças, que incluem reajuste de tarifas e aumento de impostos, apesar de servirem para reduzir o deficit público,  causam arrepios nos contribuintes. Entre os itens que obrigam os brasileiros a segurarem as contas estão a alta do dólar, reajuste no preço da gasolina, aumento na conta de luz, mudanças no acesso ao seguro-desemprego e dificuldade de obter novos empréstimos.

Nas redes sociais, a lista de medidas foi apelidada de “pacote de maldades” e divide opiniões de economistas. Mesmo quem defende a necessidade de ajuste fiscal acredita que o governo não encontrou um ponto de equilíbrio. “Só aumentar as receitas e não cortar gastos não é o mais indicado. O governo só encaminhou as medidas de aumento de impostos, o que torna mais difícil a vida do contribuinte”, analisa o professor de Economia da PUCRS, Alfredo Meneghetti Neto. 

Para o professor de Economia da Unisinos, André Azevedo, apesar de não ser suficiente para a economia esperada pelo governo, a redução de ministérios ao menos demonstraria consideração aos brasileiros. “Seria uma sinalização de que o setor público se preocupa com as despesas”, comenta. 

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Hora de pisar no freio

Depois de o País viver momentos ímpares no ano passado, como a Copa do Mundo e a divisão nas eleições, este é o momento de ajustar as contas. “Não tem segredo: qualquer ente econômico que gastar mais do que recebe vai estar criando uma defasagem que alguém terá de cumprir para zerar a conta”, aponta o professor Oscar Galli.

Os especialistas alertam que é hora de os brasileiros se adaptarem a uma nova realidade. É essencial que reduzam o consumo de energia e de gasolina, cortem gastos e negociem dívidas. Antes, os contribuintes eram encorajados a consumir e, agora, precisam colocar o pé no freio da forma mais abrangente possível. 

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Professor de Economia na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Silvio Arend orienta que as pessoas restrinjam seus gastos ao valor do salário líquido e, se possível, programem uma reserva mensal de 10% a 15% do vencimento mensal. 

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