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EMPREENDEDORISMO

Com ambiente favorável, Santa Cruz tem saldo positivo de novas empresas

Foto: Bruno Pedry/Banco de Imagens

O Mapa das Empresas, elaborado pelo governo federal, traz uma boa notícia para Santa Cruz do Sul. O município tem mantido estável o número de aberturas e fechamentos de empreendimentos. Em julho foram inauguradas 239 empresas, diante de um encerramento de atividades de 127. O saldo somado, desde o início do ano, é 706 positivo.

A explicação, segundo o coordenador do Mestrado Profissional em Administração (PPGA) da Unisc, Pietro Cunha Dolci, é o ambiente favorável da retomada econômica depois da pandemia, que já apresentou indícios de recuperação em 2022 e se consolida neste ano. Ele acrescenta que o foco em inovação observado nos últimos anos também sinaliza essa condição positiva. Cita iniciativas como o Inova RS, do governo do Estado, ações da universidade, da administração municipal e de empresas da região.

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Como medidas práticas de fomento, a prefeita Helena Hermany reforça a regulamentação da Lei de Liberdade Econômica, que facilita a obtenção da inscrição municipal, além da implantação do Tudo Fácil Empresas, em parceria com a Junta Comercial, Industrial e Serviços do RS (JucisRS), que permite a abertura de uma empresa em dez minutos. Acrescenta a liberação de recursos pelo Banco do Povo, que somou R$ 16 milhões, e a adesão ao Programa Cidade Empreendedora, em parceria com o Sebrae. Mais recentemente foram abertos o Gauten Parque de Inovação e Tecnologia e o Distrito Industrial II.

Pesquisa e planejamento

Empreender não é algo difícil. A abertura de empresas tem sido favorecida pelo poder público, assim como tem se percebido maior qualificação daqueles que querem ser donos dos próprios negócios. É preciso, porém, muita pesquisa e planejamento para que o trabalho apresente os resultados esperados.

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Foi o que fez a proprietária e idealizadora da rede Raquel de Paiva – Home Store, Raquel de Paiva. Formada em Arquitetura em 2009, sempre sonhou em ter uma loja de decoração. Com apoio da família, conseguiu isso em 2015, em sua cidade natal, São Sebastião do Caí. A proximidade de Porto Alegre fez com que a ideia de inaugurar uma filial na Capital virasse realidade, em agosto de 2019.

Logo, recorda, veio a pandemia, que levou o estabelecimento a ficar cerca de dez meses fechado. “Vimos a necessidade de encerrar as atividades, em Porto Alegre, por tempo indeterminado”, conta. A perda da mãe, em 2022, criou um clima de instabilidade. Foi preciso reforçar a parceria com o pai e aproveitar o fato de ter residência em Xangri-Lá para constituir uma filial em Atlântida.

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No litoral, passou a atender muitos clientes de Santa Cruz do Sul, que relataram a ausência de um estabelecimento como o dela. Foi aí que percebeu a possibilidade da abertura de uma unidade em solo santa-cruzense, opção confirmada após a realização de pesquisa e planejamento, mesmo que em curto prazo. “O município está em crescimento econômico muito acentuado, é próspero, mesmo tendo essa proximidade com Porto Alegre. Assim, definimos colocar a segunda filial em Santa Cruz”, explica.

A loja, acredita, pode ser a de maior potencial, com móveis pontuais, decoração, mesa posta e parceria com marcas de roupas e acessórios, sem criar concorrência com lojas de roupas, mas dando prioridade a peças atemporais e exclusivas. Raquel entende que as incertezas econômicas dificultam empreender, mas facilidades como a internet possibilitam aproximar de fornecedores para conseguir produtos diferenciados.

Raquel de Paiva fez pesquisa e optou por investir numa filial em Santa Cruz do Sul

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Pietro Cunha Dolci ressalta a importância das pesquisas de mercado e de potencial de consumidores, como fez Raquel. Não fazer isso pode implicar em consequências como a taxa de sobrevivência de negócios, considerada baixa. “As decisões devem ser tomadas com base em dados e evidências. A busca por ajuda especializada é muito importante, como, por exemplo, diversos projetos do Sebrae e da Unisc”, frisa.

Sobre o balanço positivo apresentado pelo Mapa de Empresas, a prefeita Helena Hermany comemora. “Nós recebemos a notícia com muita alegria. Santa Cruz é uma cidade vocacionada para a atividade econômica e o empreendedorismo, e nosso governo tem se empenhado em contribuir para que se transforme em um ambiente de negócios ainda mais atrativo”, destaca.

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Ela exemplifica com o número de empreendimentos possibilitado a partir do financiamento do Banco do Povo, que chegou a 649 desde 2021. Somado à destinação de lotes no Distrito Industrial II e o Gauten, isso representa o esforço para criar um ambiente aberto ao empreendedorismo e pronto para proporcionar o estímulo à geração de emprego e renda.

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