O Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) de Santa Cruz do Sul está lotado. Atualmente 208 animais, entre cães e gatos, ocupam as instalações em Linha Santa Cruz. Em razão da distância até o Centro, a equipe aposta em feiras de adoção para conseguir um novo lar para os pets que são recolhidos das ruas ou resgatados de tutores que os mantinham em condições de maus tratos e/ou inadequadas.
Localizado na área da antiga Granja Municipal, próximo à Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), o CBEA foi reformado e entregue à comunidade em março deste ano. O local se destaca pela infraestrutura e organização, com animais separados em boxes coletivos e individuais, conforme a necessidade. Ainda assim, chama a atenção também o grande número de cães, a grande maioria deles sem raça definida (SRD), adultos e de portes médio e grande.
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Conforme o coordenador do espaço, Alexandre Poletto, isso é comum, visto que as pessoas buscam cães de raça, filhotes ou de pequeno porte quando decidem pela adoção, sobretudo as que moram em apartamentos. Com isso, os que não se encaixam nesses padrões permanecem no CBEA. O mesmo ocorre com os animais idosos e/ou que exigem cuidados diferenciados em razão de alguma doença ou deficiência. Ainda assim, Poletto enfatiza que os cachorros maiores podem se adaptar a viver em espaços reduzidos.
“Não inviabiliza. Eles podem se adaptar sem problemas, mas será necessário planejamento e paciência por parte dos tutores”, observa. Essa orientação, aliás, vale para cães e gatos de todas as raças, idades e portes.
O coordenador afirma que não são comuns os casos de devolução ou de reencontrar animais adotados novamente abandonados nas ruas. Quando acontecem, no entanto, a situação normalmente se deve à falta de preparo dos tutores para atender às necessidades do animal e esperar pela adaptação.
Poletto salienta que cães e gatos exigem tempo de quem os adota para que se adaptem à nova moradia e tenham a devida qualidade de vida. “Às vezes, o cachorro cresce demais, ou o filhote chora o tempo todo; então, existem situações que favorecem esses abandonos e essas devoluções.”
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A fim de evitar isso, todos os interessados em adotar passam por uma entrevista onde precisam responder a uma série de questionamentos. O objetivo é identificar se o perfil da pessoa e o lugar onde ela reside são adequados para receber o novo pet.
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Os 208 animais lotados no CBEA exigem esforço da equipe do local, composta pelo coordenador, médicos-veterinários e outros servidores. De acordo com Alexandre Poletto, durante a manhã, todas as baias são limpas e os animais recebem alimentação. São 25 baias comunitárias – que abrigam vários cães – e 15 boxes individuais, onde são colocados os que por algum motivo não podem ficar no mesmo espaço que os demais. É feita uma triagem para evitar brigas e outros problemas de convivência.
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Outro ponto importante a ser destacado é que todos os cachorros e gatos que estão no Centro de Bem-Estar Animal e disponíveis para adoção são castrados, vermifugados, vacinados e recebem um microchip para investigação. Com isso, há uma redução das despesas que o tutor terá ao adotar e também se evita que haja reprodução.
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