A tradicional coluna Por Dentro da Safra volta às páginas da Gazeta do Sul na próxima terça-feira, 10. Assinado pelo agricultor Giovane Weber, o espaço chega ao seu quinto ano mostrando a rotina da propriedade ao longo da safra do tabaco e das demais culturas, além da cobertura de eventos e viagens feitas por Weber. Os leitores terão a oportunidade de conferir os textos semanalmente às terças-feiras. Todas as publicações também podem ser lidas online no Portal Gaz.
A ideia surgiu em 2017, quando Weber ganhou destaque nas redes sociais após a publicação de um vídeo falando sobre o cultivo do tabaco. Ele então foi convidado para assinar uma coluna semanal no jornal a respeito do tema. “Na época eu nem sabia o que era isso, mas aceitei. E deu tão certo que já estamos ingressando no quinto ano”, conta o agricultor. Ele recorda que no primeiro ano ainda não realizava suas viagens para conhecer as propriedades de outros municípios e estados, o que limitava os assuntos à sua rotina.
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Com o passar do tempo, a experiência e os lugares visitados permitiram ao agricultor agregar novos enfoques à coluna. “Procuramos sempre dar espaço a algum assunto que não está acontecendo aqui (na região), mas sim em algum outro ponto do Sul do Brasil voltado à fumicultura”, observa.
Ao comentar o andamento da última safra, Weber enfatiza que o ciclo da fumicultura que se respeitava antigamente já não existe mais. Hoje, cada região planta e colhe em diferentes períodos, conforme o clima e a realidade dos produtores. Com isso, o período de comercialização também varia. “Aqui na nossa propriedade já faz mais de um mês que vendemos todo o tabaco, e conseguimos preços bem acima da média do BO1”, comemora. Além da valorização, as empresas começaram a comprar o produto mais cedo, antes mesmo do Natal, e algumas adquiriram o tabaco solto.
Apesar do resultado positivo, a perspectiva dos fumicultores para a próxima safra é de cautela. “Tivemos uma boa remuneração, mas o nosso produto não subiu nem 50% do que deveria. Por outro lado, alguns insumos triplicaram de valor”, afirma. Diante desse cenário, a tendência é de que as áreas de cultivo se mantenham. “Dois pontos a se considerar são o aumento dos custos de produção e também a mão de obra, que está cada vez mais escassa”, destaca Giovane Weber.
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Em suas viagens ao longo desses cinco anos, Giovane Weber percebeu que a maioria das propriedades não depende somente do tabaco. “Todas elas tinham tabaco, cerca de 70% como renda principal, mas um bom complemento com outra atividade.” As outras 30%, no entanto, tinham a fumicultura como segunda renda. “Com a valorização das verduras, grãos e carne, temos visto que a tendência para as próximas safras é muita gente reduzir a produção de tabaco e migrar para outras atividades”, salienta.
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