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Tabaco

Colheita na parte baixa da região entra na reta final

A colheita da produção de tabaco da safra 2017/2018 se aproxima do fim na parte baixa do Vale  do Rio Pardo. No balanço do último dia 23, 92% do produto plantado nesta área já estava colhido e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) calcula que na primeira semana de janeiro a coleta seja concluída. Nos três estados do Sul do Brasil, 37% do tabaco do ciclo atual já foi retirado das lavouras. Na região do Vale do Rio Pardo, considerando a parte alta (serra) e a parte baixa, o percentual colhido é de 62%.

Em igual período do ano passado, os percentuais colhidos foram menores. No Sul do Brasil, atingiram 34% e no Vale do Rio Pardo, 52% – ou seja, dez pontos percentuais a menos que o já coletado este ano na região. Conforme o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, o inverno atípico de 2017, registrando dias de calor, antecipou o plantio e, consequentemente, a colheita. 

O  produtor Franclin Giovani  Wink, 38 anos, de Vila Progresso, Vera Cruz, é um dos que já colheu a produção da safra atual. Ele plantou 35 mil pés de tabaco do tipo Virgínia no início de julho, aproveitando o clima propício. Começou a colheita em 25 de setembro e terminou em 13 de dezembro. Este é o primeiro ano que Franclin planta tabaco como fonte de renda para ele, a esposa Simone, 36 anos, que é professora, e os dois filhos (Arthur, de 11 anos, e Bianca, 8). Antes, era comprador de tabaco para uma empresa, ajudava o pai a plantar e cultivava um pouco para si. 

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Em junho deste ano, Wink trocou de atividade porque, como comprador, viajava muito e os filhos queriam tê-lo mais tempo em casa. E está satisfeito com o resultado desta primeira safra como produtor efetivo de tabaco. Esperava uma produção total de 350 arrobas do produto (uma arroba é igual a 15 quilos) e diz que chegará a 420, pois sua lavoura não foi atingida por nenhuma intempérie. 

Seu pai, Francisco Wink, 64 anos, plantou  64 mil pés. O cultivo do tabaco ocorre em duas propriedades de seu pai, sendo que Franclin planta em uma e Francisco na outra.

Granizo

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A quantidade de produtores com lavouras atingidas por granizo este ano continua maior em relação ao mesmo período de 2016. Em 2017, até o último dia 23, nos três estados do Sul do Brasil foram registrados 20.511 atingidos, ante 11.867 até o mesmo dia de 2016. Na região do Vale do Rio Pardo, este ano, o número registrado de agricultores com lavouras danificadas pelo granizo já chegou a 9.972 , enquanto em igual data do ano passado foi de 4.037.

Qualidade 
A Afubra iniciará em janeiro pesquisa sobre a qualidade da produção em geral do ciclo 2017/2018. A expectativa de produção, inicialmente estimada em 685 mil toneladas, também será verificada no próximo mês, a partir do início da comercialização. Conforme o gerente técnico da entidade, Paulo Ogliari, no Vale do  Rio Pardo houve quebra de produtividade por intempéries, como um vendaval ocorrido no início de outubro que deitou muitos pés de fumo. Mas no Paraná e em Santa Catarina, a safra tem perspectivas de ser melhor. 

O clima registrado este mês não oferece problemas ao tabaco. Ogliari observa que a falta de chuvas regulares que vem ocorrendo na região não chegou a afetar a produção, até porque a precipitação registrada no último fim de semana – sem falar dessa sexta – amenizou a falta de umidade no solo.

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Afubra orienta a manter cuidado na classificação

O agricultor Franclin Giovani Wink conta que o tabaco colhido de suas lavouras é de qualidade e ele pretende  armazenar e esperar para vendê-lo no momento mais propício para obter bom preço.  “A qualidade é que geralmente determina o valor”, frisa.  

Como não houve acordo nas negociações para definir o preço do tabaco da safra 2017/2018 e a comercialização deve aumentar  nos próximos dois meses, a recomendação do gerente técnico da Afubra, Paulo Ogliari, aos produtores é que eles classifiquem bem o tabaco que produziram, de forma a terem maior poder de negociação na hora da venda.

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O gerente observa que “se deixarem mistura, o comprador vai pagar mais barato e os agricultores sairão perdendo”. Ele também lembra que uma comissão formada por integrantes das entidades representativas dos produtores  irá acompanhar a entrega da safra atual com o objetivo de garantir boas vendas aos fumicultores.

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