Em meio a um cenário positivo para a safra de trigo – com aumento de área e de preço para o produtor –, foi aberta oficialmente a colheita do trigo no Rio Grande do Sul. A cerimônia ocorreu na Fazenda Santa Terezinha, em Cruz Alta, na segunda-feira, 18, com a presença da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.
A coordenação da abertura oficial foi da 16ª Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo), que ocorrerá de 18 a 22 de maio de 2022, com apoio da Prefeitura de Cruz Alta. A expectativa é de que sejam colhidas nesta safra 3,781 milhões de toneladas do grão no Estado. Em 2020, foram 2,260 milhões. “Nosso Estado deve ter, neste 2021, a melhor produção de trigo na história”, disse a secretária Silvana.
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Puxado pela demanda aquecida, o preço do trigo subiu. A saca de 60 quilos, em média, está em R$ 80,70. No mesmo período do ano passado, o produto estava cotado em R$ 62,13. A confiança dos produtores no cereal elevou o trigo à principal safra de inverno, à frente da aveia branca (799.714 toneladas), cevada (129.934 t) e canola (55.672 t). A área cultivada com o grão no Estado superou 1 milhão de hectares, o que não acontecia desde 2014. Dos 915,7 mil hectares cultivados na safra passada, neste ano a área cultivada saltou para 1.177.487 hectares.
Apesar de perdas registradas, principalmente no noroeste gaúcho, o cenário é de boas perspectivas, na avaliação de Tarcísio Minetto, coordenador da Câmara Setorial do Trigo, uma das 23 câmaras setoriais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
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No Rio Grande do Sul, o plantio foi iniciado em meados de maio na região das Missões e se estendeu até fim de julho na região dos Campos de Cima da Serra, de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. A colheita se intensifica no Estado a partir de outubro e se estende até final de novembro, dependendo da região e do ciclo da cultivar utilizada.
A Região Sul do país deve responder por 92% da produção tritícola nacional em 2021. Serão colhidas cerca de 7,547 milhões de toneladas, num total de 8,191 milhões de toneladas no Brasil segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O país não é autossuficiente na produção de trigo, necessitando importar anualmente cerca de 6 milhões de toneladas, principalmente da Argentina, para suprir a demanda interna.
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