Os produtores de milho estão acelerando a colheita no Rio Grande do Sul com o objetivo de retirar a maior área possível em função do início da colheita da soja, preferencial entre as culturas. As condições de tempo permitem o avanço do colhimento, que chega a 35% da área semeada no cedo, chegando a 8,5 e 12 toneladas por hectare em algumas regiões, considerado acima das expectativas. O produto, de ótima qualidade e sem apresentar índice significativo de grãos avariados, é colhido dentro dos parâmetros ideais de umidade. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado esta semana, as lavouras de milho estão 25% maduras e por colher, 30% em enchimento de grãos, 5% em floração e outras 5% em germinação.
Em andamento final, segue o plantio das áreas do tarde (safrinha), mesmo que fora do zoneamento agroclimático (áreas semeadas no pós-fumo ou segundo plantio). No geral, as lavouras do milho do tarde germinaram e se desenvolvem muito bem, inclusive as lavouras plantadas em início de janeiro deste ano, que já estão recebendo a primeira adubação nitrogenada.
Em relação ao milho para elaboração de silagem (cerca de 350 mil hectares), a colheita segue para o seu término (70%), com rendimentos considerados muito bons (entre 35 e 40 toneladas por hectare), com ótima qualidade de produto final.
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Para a soja, as condições meteorológicas têm se mostrado favoráveis às lavouras, que se encontram, a maioria, em florescimento e formação do grão (64%). O desenvolvimento é vigoroso nesse último período, em razão das chuvas intercaladas com períodos de sol. A soja plantada na resteva do milho apresenta excelente desenvolvimento vegetativo.
Nas Unidades de Referência Técnica (URTs), o monitoramento continua registrando baixa pressão de lagartas e percevejos. Mesmo assim, os agricultores realizam tratamentos para controlar as pragas, visto que se trata de um problema na fase de formação de vagens e os produtores não querem correr risco de possíveis perdas.
Na Região das Missões, no Noroeste, foram colhidas as primeiras lavouras do cedo, com produtividade de 50 sacas de soja por hectare. No Alto Uruguai, também está iniciando a colheita da soja nas áreas cultivadas com variedades mais precoces e com plantio mais do cedo. Muitas destas áreas serão repetidas com um segundo plantio (fora de época recomendada) com a mesma cultura.
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O percentual colhido de soja ainda é ínfimo, um por cento, mas deverá se acentuar a partir de agora, com o aprontamento das lavouras. Atualmente, 10% das lavouras de soja estão maduras e por colher, 44%, em enchimento de grãos, 30% em floração e 15% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
A comercialização do grão mantém-se com lentidão nos negócios, com tendência de queda no preço. Nesta semana, o valor médio da saca de 60 quilos de soja foi de R$ 66,51, reduzindo 2,26% em relação à semana anterior. Os negócios estão travados, os compradores, cautelosos, e os produtores retraídos, com o foco mantido na lavoura e na colheita que inicia.
Em final de colheita (79%) está a primeira safra de feijão, que apresenta boa produtividade e qualidade dos grãos. Os fatores climáticos continuam favoráveis para todas as fases da cultura, que evolui. Os produtores estão comercializando a safra em ritmo acelerado.
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Olerícolas e frutas
Os olericultores do Litoral Norte não estão conseguindo atender à demanda de comercialização neste período, especialmente na produção de alface, tubérculos e de outras folhosas; mercado com procura muito grande e preços bons de forma geral devido ao veraneio.
Morango – Na zona Sul, a colheita está encerrada nos sistemas no solo, com frutos de menor tamanho, mas de igual forma saborosos ao paladar. Comercialização direta ao produtor no valor de R$ 5,00/kg. Produtores já planejam a próxima safra e iniciam a encomenda de mudas. Expectativas de aumento de área do cultivo de morangos em substrato, tanto em área como em número de produtores.
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Olivas – Na Campanha, as oliveiras estão na fase de acumulação de azeite na polpa dos frutos. A produção foi prejudicada pelo excesso de chuvas, temporais e ventos fortes ocorridos em outubro, interferindo na frutificação. Os produtores procuram salvar o que resta de frutas e estão fazendo tratamentos fitossanitários e adubações potássicas.
Partagens e criações
O clima da semana foi excelente para as pastagens de verão, proporcionando abundantes pastoreios. Umidade, insolação e altas temperaturas possibilitaram um excelente rebrote e taxa de crescimento, permitindo pastoreios com alta carga animal. As perspectivas seguem boas, apesar da irregularidade das precipitações em certas regiões do Estado.
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As pastagens cultivadas de verão, como milheto, sorgo forrageiro e capim sudão, estão sendo manejadas com os rebanhos e apresentam boa produção de massa. Este quadro também se repete nas pastagens perenes de verão, como braquiárias, panicuns e tiftons. Situação segue bastante favorável para a produção de forragem nos campos nativos, pela continuidade das chuvas semanais, mesmo que desuniformes, porém mantendo o solo com umidade suficiente para o crescimento dos pastos. Os produtores realizam roçadas nas áreas de campo nativo, para controle de plantas invasoras.
Bovinocultura de corte – As boas condições nutricionais do rebanho, tanto das vacas de reprodução como dos terneiros em crescimento e também do gado de terminação, determinam uma melhora na condição corporal, em consequência de melhor alimentação, devido ao maior desenvolvimento do campo nativo e das forrageiras perenes. Nas unidades familiares, muitos pecuaristas aproveitam a boa condição climática e buscam armazenar alimentos, como silagem de milho e de sorgo para épocas de escassez, que deverão ser utilizados principalmente na recria e engorda dos bovinos.
O período de reprodução entra em seu terço final, pois o ideal seria encerrar o período de monta e os protocolos de inseminação artificial durante fevereiro, com O nascimento dos terneiros previsto para encerrar em novembro, evitando partos com temperaturas mais elevadas. A percentagem de fêmeas em cio é considerada boa, o que sinaliza perspectivas de altas taxas de prenhez.
Em função das condições sanitárias neste período de altas temperaturas, recomenda-se proporcionar aos animais condições favoráveis de sombra e água de qualidade e em quantidade, para reduzir o estresse térmico. As temperaturas mais altas não são favoráveis aos rebanhos no geral, visto a predominância de sangue europeu, que são animais melhor adaptados para temperaturas mais baixas. Produtores suplementam os rebanhos com sal mineral e sal comum.
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