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Colégio São Luís realiza seminário de iniciação científica

Foto: Rafaelly Machado

Grupo de Eduardo (centro) trabalhou para desenvolver bala a partir do soro do leite

O Colégio Marista São Luís realizou na manhã de sábado, 26, o 11º Seminário de Iniciação Científica e Projeto de Vida. Reunidos no ginásio Luisão e nas demais dependências da escola, estudantes de diferentes anos puderam mostrar aos pais, professores e familiares os trabalhos de pesquisa científica que executaram ao longo deste ano. Alguns pais foram convidados para conversar com os adolescentes e mostrar como chegaram às profissões em que atuam hoje, bem como desenvolvimento profissional e outras questões relativas.

Segundo o vice-diretor do São Luís, Anderson dos Santos, a pesquisa é uma constante no mundo da educação e é preciso mostrar aos alunos que a geração do conhecimento e a ciência se dão por meio dela. “Então mostrar isso para eles desde a Educação Infantil, para que eles já se alfabetizem sabendo o que é pesquisa, é fundamental.” O seminário é a partilha desses resultados com toda a comunidade escolar. “É um dia de muita alegria porque é quando vemos a concretização das ideias.”

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Outra proposta é tornar os alunos protagonistas e lhes oportunizar a escolha de um tema para trabalhar e de que forma vão desenvolver o projeto. “Fazer uma iniciação científica é trazê-los para o palco com o conhecimento deles, com aquilo que produziram.”

Para Santos, o conhecimento não é somente aquilo que já foi produzido pela comunidade, mas também o que é feito a cada dia. “Eles se entenderem como produtores faz toda a diferença. Quando lerem uma notícia falsa, por exemplo, vão conseguir discernir que naquilo não existe base científica e argumentação.”

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A coordenadora pedagógica da escola, Anete Schmidt, revela que a iniciação científica proposta englobou as quatro áreas do conhecimento: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática. Com o auxílio de um professor orientador, os anos finais do Ensino Médio trabalharam com a temática de futuros possíveis. Isto é, identificar problemas atuais e propor soluções a partir da sociedade e deles mesmos. “Com isso, eles desenvolvem sobretudo o pensamento crítico. Olhar para os problemas e refletir de forma crítica sobre a interferência e melhora dessa realidade.”

Relatos de experiência

Uma das convidadas para falar no seminário de Projeto de Vida foi a médica Cristiane Pimentel Hernandes. Por cerca de 30 minutos, ela conversou com os jovens e familiares sobre a escolha da profissão e trajetória, em um momento de troca de experiências. “Como ex-aluna e mãe de alunos maristas, é extremamente prazeroso poder falar um pouco sobre como foi o meu projeto de vida, formação e desenvolvimento da carreira. É muito emocionante compartilhar isso com eles.”

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Bala feita de soro de leite e importância de aprender um novo idioma

Os estudantes Augusto Nascimento de Brito, Eduardo de Moraes Sant’anna, Guilherme Mello Müller e Igor Augusto Pedroso, todos de 16 anos e orientados pelo professor Felipe Gonzatti de Moraes, desenvolveram uma bala dura a partir do reaproveitamento do soro do leite.

Segundo Eduardo, o grupo descobriu que o soro de leite existe em grandes quantidades. Obtido na fabricação do queijo, o produto muitas vezes é descartado incorretamente e pode ser reaproveitado para dar origem a outras mercadorias.

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Diante da inexistência de uma receita pronta, os adolescentes usaram uma receita de bala dura tradicional. Substituíram a água pelo soro de leite e adicionaram açúcar e xarope de milho, além de suco natural de uva e de morango para dar sabor. As duas hipóteses abordadas na pesquisa foram que as balas evitariam o descarte incorreto do soro e criariam um novo produto com bons valores nutricionais, haja vista os ingredientes. Essa última, contudo, carece de análise laboratorial que será realizada em um segundo momento.

Já o grupo da estudante Isabella Kersting Lersch, 12 anos, buscou mostrar a importância de aprender um novo idioma não só no âmbito profissional, mas sob vários aspectos. “Fizemos questionários e entrevistas e descobrimos que aprender novos idiomas auxilia na inteligência interpessoal, a entender melhor os sentimentos e ter menos vergonha de falar em público”, conta.

Grupo de Isabella procurou mostrar a importância de aprender um novo idioma | Foto: Rafaelly Machado

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