As peças colecionáveis existentes são as mais variadas. Com o passar do tempo, diversos objetos passaram a fazer parte de coleções, como vidros de remédios, papéis de carta, lápis, caixas de fósforos, chaveiros, moedas, cédulas, selos, brinquedos, entre outros. Para mostrar e enaltecer estes materiais e a cultura que representam, o Museu do Colégio Mauá iniciou, esta semana, a sua nova exposição temporária: Colecionar e Aprender.
Conforme a professora, pesquisadora e diretora do museu, Maria Luiza Rauber Schuster, não se sabe com quem e quando o costume de colecionar teve início. “Muitas coleções possuem valor somente para o proprietário, pois remetem a lembranças. Cada geração criou suas tendências de coleções voltadas para a cultura do momento”, explica. A exposição permanece no local até dezembro de 2017, sempre de terça-feira a sexta-feira, das 14 às 17 horas. Mais informações e agendamento de grupos pelo telefone (51) 3715-0496 ou pelo e-mail museu@maua.g12.br.
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PESQUISA
Por meio de pesquisas realizadas pela professora Maria Luiza, sabe-se que no Antigo Egito, o Faraó Amenhotep III, colecionava artes pintadas com esmaltes azuis. “O hábito de colecionar tornou-se maior na Idade Média. Nobreza, realeza e clérigos possuíam coleções com os mais diversos temas, como itens da história natural, como por exemplo, fósseis, animais empalhados, borboletas, conchas e peixes de lugares distantes”, ressalta. Os colecionadores abriam as suas casas para que um público seleto admirasse suas coleções. “Muitas dessas acabaram tornando-se museus ou coleções expostas em museus”, comenta.
Por volta de 1500/1750 ocorreu a maior produção de livros, em torno de 130 milhões. Com isso, surgiu o hábito de guardar flores dentro das obras, que secavam e formavam coleções. “Esta mania de colecionar flores tornou-se popular, atingindo todas as classes sociais, homens e mulheres, adultos, adolescentes e crianças”, conta a pesquisadora. De acordo com a professora, no final da Idade Média, as coleções tinham itens com valores financeiros expressivos, como joias, vasos de luxo, moedas entre outros. Já na Idade Moderna, as obras de artes estiveram em evidência. No período da Segunda Guerra Mundial, na Europa, muitas coleções foram perdidas e afanadas por exércitos dominantes.
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MUSEU
O Museu do Colégio Mauá, fundado no dia 20 de setembro de 1966, é uma importante referência local e regional da preservação da história. O acervo de aproximadamente 80 mil peças é constituído por doações feitas pela comunidade regional e do Museu Escolar, antes usado nas aulas pelos professores do educandário. No local estão expostos: peças arqueológicas, objetos indígenas, materiais referentes aos imigrantes alemães, rara coleção de animais taxidermizados (empalhados), entre outros. O museu é cadastrado na 5ª Região Museológica do SEM/RS e mantido pela Sociedade Escolar de Santa Cruz. Há quase três anos, o espaço é dirigido pela professora Maria Luiza Rauber Schuster.
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