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COI pede para que percurso da tocha no Brasil não tenha protestos

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, pediu para que o percurso da tocha no País não seja usado por movimentos sociais para a realização de protestos. Em entrevista nesta segunda-feira, 2, em Lausanne, no último dia da chama olímpica na Europa – ela embarca nesta noite para o Brasil –, Bach pediu que haja “respeito” pela tocha no País.

“Existe uma liberdade de opinião e de expressão. Mas estou confiante que os brasileiros irão respeitar a dignidade da chama olímpica”, disse Bach, questionado se temia que protestos pudessem contaminar o percurso da tocha pelo Brasil, a partir desta terça-feira, 3. “Ela é o símbolo da tolerância, da não-discriminação e não tem uma posição política”, disse.

Para Bach, os diferentes grupos protestantes no Brasil devem “respeitar a chama”. O alemão ainda alertou que usar o percurso do símbolo olímpico para protestar seria “contraproducente”. “Os Jogos Olímpicos não deve fazer parte dos protestos”, insistiu.

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Ao longo das últimas edições dos Jogos, o percurso da tocha passou a ser alvo de manifestações, principalmente em 2008 quando a viagem da chama foi seguida por críticas contra as violações aos direitos humanos na China.

Na semana passada, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, garantiu que o governo não pretendia usar o evento nesta terça-feira, quando a presidente Dilma Rousseff, receberá a tocha, “como um ato político”. “Ela não é de um ou outro ator”, afirmou.

Medina e Vanderlei Cordeiro estão entre primeiros a levar tocha olímpica no DF
O revezamento da tocha olímpica começa nesta terça-feira, 3, pelo Distrito Federal, e entre as figuras selecionadas para esta abertura tem nomes como os do surfista Gabriel Medina, do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e da jogadora de vôlei Fabiana, que será a primeira a carregar a flama. São indicados a conduzir a tocha qualquer nome de dentro ou fora do esporte que tenha uma história inspiradora.

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A presença de Medina é notável por ele ser o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe. Vanderlei, por sua vez, é medalhista olímpico e um dos poucos agraciados com a Medalha Pierre de Coubertin, fornecida pelo COI por seu espírito olímpico na fatídica prova de Atenas 2004, em que foi atacado por um padre irlandês, mas mesmo assim não desistiu da corrida e terminou com o bronze. Fabiana é bicampeã olímpica.

Além destes, também participarão do revezamento Ângelo Assumpção (ginasta vítima de racismo de sua própria equipe, em maio de 2015), Adriana Araújo (pugilista medalha de bronze em Londres 2012), Paula Pequeno (bicampeã olímpica de vôlei ao lado de Fabiana) e Gabriel Hardy (carateca de 16 anos de idade). De fora do esporte estão confirmados Artur Ávila Cordeiro de Melo (matemático), Aurilene Vieira de Brito (educadora) e Hanan Khaled Daqqah, uma refugiada síria de apenas 12 anos de idade.

Na última semana já haviam sido anunciados outros nomes para o revezamento no Distrito Federal, como o do ex-atleta Joaquim Cruz e de Lúcio, ex-jogador da seleção brasileira e pentacampeão mundial em 2002. A tocha ainda deverá percorrer mais de 300 cidades, entre elas Santa Cruz do Sul, até chegar ao Rio, onde, no dia 5 de agosto, acenderá a pira olímpica.

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