Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro deram um passo importante nesta terça-feira, 14, para ter mais autonomia nas decisões que envolvem as disputas comandadas pela CBF. Dirigentes escolheram os cinco representantes que vão defender os interesses dos times da primeira divisão na Comissão Nacional de Clubes, um grupo criado pela CBF para discutir o regulamento das competições.
Foram eleitos para a comissão os indicados por Grêmio, Atlético-PR, Atlético-MG, Corinthians e Fluminense. O Vasco foi o único clube que não enviou representante para a eleição. Os clubes da Série B terão dois indicados, enquanto as Séries C e D terão um cada – os escolhidos ainda serão definidos. Quando todos os membros forem decididos vai ser programada a primeira eleição do grupo. A comissão é renovada a cada temporada.
Para os dirigentes, a comissão enfraquece a ideia de uma liga independente de clubes, que chegou a ser cogitada. Eles também vislumbram a possibilidade de debater temas importantes, como o calendário de jogos, a transferência de jogadores e a divisão das cotas de TV. “Temos a condição de resolver por dentro [da CBF] tudo aquilo que falamos por fora”, afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr.
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Senado aprova MP do Futebol com voto contrário de Romário
Presidentes de clubes da Série A comemoraram a aprovação, no Senado, da Medida Provisória 671, que prevê o refinanciamento das dívidas fiscais em até 20 anos. “Se a MP não tivesse sido aprovada, alguns clubes não iriam pagar o que deviam”, apontou Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, nesta terça-feira, após reunião na sede da CBF.
No dia anterior, a MP 671 havia sido aprovada pelos senadores, mantendo o texto da Câmara dos deputados. Agora só resta a sanção da medida pela presidente Dilma Rousseff. O projeto, porém, foi criticado por alguns senadores, que defendiam que os clubes passagem suas dívidas em até 120 vezes, em vez de 240. Outra crítica foi quanto à liberdade que os dirigentes terão de comprometer até 80% de suas contas com os gastos do futebol.
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Inicialmente a proposta era limitar em 70%. “As mudanças podem não ser tão grandes agora, mas no logo prazo pode melhorar, inclusive, a qualidade dos nossos campeonatos”, considerou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.
O ex-jogador e hoje senador Romário (PSB-RJ) foi eleito por aclamação como presidente da CPI do Futebol. A Comissão Parlamentar de Inquérito irá investigar denúncias de irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que também podem incluir as obras para a Copa de 2014.
Entre os investigados da CPI, estão os ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira e José Maria Marin e o atual mandatário da entidade, Marco Polo Del Nero. Teixeira é alvo da Polícia Federal, enquanto Marin está preso na Suíça sob custódia da Justiça americana por suspeitas de recebimento de propina.
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