A partir de 1º de abril, os jogadores de futebol dos clubes brasileiros terão 20 dias de férias coletivas durante a pandemia do novo coronavírus, mas a definição sobre reduzir ou não salários está indefinida. Após mais de duas horas de reunião por videoconferência, ontem à tarde, entre representantes da CBF e dirigentes de 30 equipes de todas as divisões para debater como reduzir os custos enquanto o calendário está paralisado, ficou descartada a hipótese de se realizar um acordo coletivo para todo o Brasil.
Agora, caberá aos clubes definirem a parte mais espinhosa, que trata de redução salarial. Os dirigentes alegam ser difícil manter as despesas enquanto não há campeonatos em andamento, principalmente pela falta de recursos com bilheteria e patrocínio. Por isso, cada equipe precisará analisar com os respectivos jogadores qual será o valor da redução e por quanto tempo valerá.
No dia 15 de abril, será realizado um novo encontro virtual para avaliar a situação da pandemia no Brasil. O diretor de competições da CBF, Manoel Flores, afirmou que, apesar da interrupção, a entidade quer manter a Copa do Brasil e o Brasileirão nos mesmos formatos, pois considera haver datas disponíveis para acomodar todas as partidas.
Entre os times que já começaram a discutir internamente os acordos estão Grêmio, Internacional, Fortaleza e Ceará. Com essa proposta, as férias, que seriam entre dezembro e janeiro, são antecipadas para abril. Na manhã dessa quinta, os clubes da Série B já haviam anunciado a decisão de uma outra negociação com os atletas, com férias de 20 dias em abril e redução salarial de 25% ao fim desse período.