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Cleusa Fagundes: das bandas de baile para o “Reencontro”

Uma das vozes mais conhecidas das grandes bandas de baile da região, que marcam época em todo o Estado, é a da cantora e compositora Cleusa Fagundes. Ela firmou sua marca junto a várias gerações, que dançaram embaladas por sua melodia e com ela cantaram. Hoje, a partir de Santa Cruz, dá passos firmes em nova etapa profissional e artística, uma seara que deve ser tão promissora e bem-sucedida como a da música propriamente dita. Desde o ano passado ela se dedica a ministrar palestras em escolas e instituições, voltadas a pais, alunos e professores, sobre a importância de os pais prestarem mais atenção aos filhos (e, claro, vice-versa). Com isso, reafirma o que já se devia saber: que a educação vem de casa.

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É a nova paixão dessa musicista que nasceu em Rio Pardo, em 15 de abril de 1971, filha do casal Oly José Fagundes, falecido, e Terezinha Elena dos Santos, ele mecânico, ela dona de casa. Dona Terezinha ocupava-se dos filhos: eram seis, três meninos (o mais velho é falecido) e três meninas, mas o pai tinha mais dois filhos de relacionamento anterior. Cleusa cresceu em Ramiz Galvão, e lá fez o primário no Colégio Nossa Senhora Aparecida. Quando menininha, encantou-se com canções de artistas como Cátia e Fafá de Belém. Depois estudou no Ernesto Alves de Oliveira, em Rio Pardo.

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Então a família mudou-se para Santa Cruz, em 1983. Cleusa passou a estudar no Polivalente. E surgiu a oportunidade que mudou sua vida: submeteu-se a teste no coral Canarinhos, com o maestro Carmo Gregory, e tornou-se bolsista, como cantora. Infelizmente, o coral encerraria atividades já em 1984, mas Gregory a manteve no sucedâneo grupo Mensagem, no qual ficou até o final. Em paralelo, a maestrina Nedy Webber Fontoura a selecionou para o Coral das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul (Fisc), atual Unisc. E ainda teve aulas de canto com Marga Alvarez.

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Com essa bagagem, e ainda jovem, estava habilitada a se apresentar, sozinha ou ao lado de colegas e amigos. Fascinada por MPB, adotava como seu o estilo romântico, em letras e melodias, que cada vez mais começava a compor. Revela que tinha (e ainda tem) em Laura Pausini um ícone, uma prediçeção.

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Vieram participações em festivais, e logo os shows. Por volta dos 18 anos ingressou na banda Tempo Novo, na qual ficou até os 23. Depois passou à banda Trama, com a qual gravou o CD Deuses e Símbolos, por volta de 1993, seu único registro feito em estúdio até o momento. Como a banda não chegou a decolar, o passo seguinte foi integrar a orquestra Cassino, por três a quatro anos. Na sequência, estaria na famosa Itamone, de Caxias do Sul, e ainda foi vocalista do Grupo Adam, ao lado dos irmãos Mauro e Jaime Adam, em Santa Cruz, na virada do século.

E veio nova guinada: deixou o ambiente da música e das bandas para enveredar por carreira na área comercial, como gerente de vendas em multinacional. Permaneceu nela até 2016, quando um acidente de trabalho motivou a interrupção nas atividades. A recuperação requereu tempo e resiliência, e deixou sequelas que a levaram a reavaliar sua vida dali para a frente.

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Menos mal que tinha forte apoio: em especial do casal de gêmeos Pedro e Clara, seus filhos, que estão com 12 anos (nasceram em 2010). Em 2019 viria ainda o José, que está com quatro aninhos. Durante a pandemia, permaneceu reclusa, e colocou a música definitivamente em stand-by.

Até o ano passado, quando convite de Edson Marques para que auxiliasse na apresentação do projeto Palco do Saber, da Fundação Gazeta Jornalista Francisco José Frantz, apresentou a ela nova oportunidade: a de interagir com o público escolar, a começar pelos estudantes, mas não só. Hoje, em palestra de viés motivacional intitulada “Reencontro”, visita escolas de Santa Cruz e região para falar da importância de os pais dedicarem mais atenção aos filhos, e de estes fazerem o mesmo com seus pais. Eis a Cleusa que, mais uma vez, se reinventou, e com muita energia.

Cinco músicas referenciais para Cleusa:

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