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Gre-Nal

Clássico divide paixão de famílias

O domingo de Dia dos Pais e Gre-Nal deve ser marcado por diferentes emoções na casa do colorado Adalberto de Almeida Leão, 56 anos. Isso porque na hora do clássico, ele verá a caçula Marina, 25, torcer para o time adversário, o Grêmio. Para amenizar a divisão provocada pelo futebol, o filho mais velho, Marcus Vinícius, 28, é torcedor do Inter.

De todas as heranças que os filhos herdam do pai, a escolha do time é uma das questões mais complexas. Segundo Leão, antes mesmo de Marina nascer, os amigos e parentes já começaram a dar presentes da cor do time adversário. 
Assim que começou a entender o que era futebol, ela foi surpreendida pelo pai ao ter que escolher qual camisa queria usar. “Eu e meu pai paramos numa loja e enxerguei uma camisa do Grêmio e outra do Inter, mas quis a do Grêmio, pois tinha a de número 7 do Paulo Nunes e porque era azul”, conta. O pai, na esperança de convencer a filha, prometeu que a levaria aos jogos, mas ela não mudou de ideia. “Não foi decepção. Eu jamais a obrigaria a torcer para um time só porque eu torço”, pondera.

Entre risadas e provocações, os dois ensinam que a fórmula da boa convivência até permite piadinhas quando o rival é derrotado, mas é preciso cuidado para não partir para a ofensa. “Quando o time adversário perde os dois vibram e tiram sarro. Mas o respeito não pode faltar”, observa Marina.

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Leão e a filha não se consideram torcedores fanáticos, mas, sim, apaixonados. Porém, a mulher Regina de Oliveira Leão, 52, que é gremista, discorda. “Em dia de jogo do Inter eu tenho que ir para o quarto, pois ele diz que se eu ficar na sala vou dar azar.” Até hoje, pai e filha assistiram apenas dois Gre-Nais juntos, pois, segundo eles, quando acompanham o jogo sozinhos dá para torcer e vibrar mais.

Para ter um domingo diferente, eles combinaram que terão um almoço em família e assistir ao Gre-Nal lado a lado. “Somos pai e filha e independente de time ou qualquer outra coisa sempre vamos nos respeitar e nos amar”, ressalta Leão. Marina conta que até pensou em presentear o pai com um ingresso para irem ao estádio, na arquibancada mista. No entanto, mudou de ideia. “Vai que dê azar para o meu time? Melhor não arriscar”, descontrai.

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