O Hotel Charrua, de Santa Cruz do Sul, comemorou ontem 50 anos. Ele foi entregue dez dias antes da abertura da 1ª Festa Nacional do Fumo (Fenaf), realizada em outubro de 1966.
Dotar a cidade de um hotel de classe internacional era uma necessidade para a Fenaf. As obras do então Cine Hotel Victória foram iniciadas em 1954, através de um consórcio de investidores, liderados pelo empresário Rolf Loewenhaupt.
Os trabalhos andavam de acordo com a captação dos recursos. Já nos anos 60, ingressaram na direção do grupo os empresários Jorge Hoelzel, Montague Couldrey e Walter Hennig.
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No início de 1966, as obras estavam adiantadas, mas não seria possível concluí-las até o início da festa. Com isso, o consórcio, com o apoio do prefeito Orlando Baumhardt, vendeu o empreendimento para a Refinaria de Petróleo Ipiranga, que estava investindo no segmento hoteleiro.
A Ipiranga assumiu a obra e garantiu sua conclusão até a Fenaf. Em 120 dias, estava tudo pronto. O engenheiro foi Carlos da Fonseca, que contou com o respaldo da construtora Lux & Kothe de Santa Cruz.
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A inauguração foi em 5 de outubro de 1966, enquanto que a Fenaf começou dia 15. O Cine Hotel Victória transformou-se em Hotel Charrua. O cinema, no térreo, foi inaugurado antes e manteve o nome de Cine Victória.
Na época, a cidade tinha 10 hotéis, mas nenhum do porte do Charrua, em pleno Centro. Eram 62 apartamentos e 26 funcionários. O gerente era Lacy Pohl.
A comunidade comemorou. A Câmara concedeu o título de Cidadão Santa-cruzense ao presidente da Ipiranga, Francisco Martins Bastos. Hoje, o hotel pertence a empresários da cidade.
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