Um ano após o Hospital Beneficente Monte Alverne, em Santa Cruz do Sul, se tornar referência em otorrinolaringologia, 187 pacientes da região ainda aguardam por cirurgias dessa especialidade. Os procedimentos estão suspensos e o retorno deles depende da conclusão da reforma exigida pela Vigilância Sanitária do Estado. Em razão da necessidade de adequações no Centro de Materiais e Esterilização (CME) e no bloco cirúrgico, a instituição não estaria recebendo o incentivo estadual de R$ 48,5 mil mensais. A Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz afirma que a falta do repasse inviabiliza as cirurgias.
De acordo com a diretora administrativa do Hospital Monte Alverne, Rosângela Mees Gass, no mês passado a instituição recebeu o alvará de licença da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para os serviços de otorrino e otoneurologia, mas ainda será necessário uma nova vistoria da Vigilância ao término da reforma. Rosângela conta que a obra está em fase de acabamento e que a previsão é de que seja concluída até o fim do mês. Por enquanto, já teriam sido investidos em torno de R$ 240 mil, viabilizados por recursos próprios do hospital e por doações da comunidade. O valor total deve chegar a R$ 300 mil.
Desde que se tornou referência, em maio do ano passado, o hospital realizou procedimentos cirúrgicos na área em apenas dez pacientes. Segundo o coordenador da clínica de otorrinolaringologia da instituição, enfermeiro Daniel Vendrúscolo, embora os repasses não estivessem sendo encaminhados pelo Estado, a clínica havia se comprometido a operar cinco pessoas por mês. Mesmo assim, as cirurgias só teriam ocorrido em novembro e dezembro em razão da demora para conserto e devolução de um carro de anestesia. Em janeiro, por causa das obras, todos os procedimentos precisaram ser interrompidos novamente.
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Relembre
O Hospital de Monte Alverne se tornou referência em otorrinolaringologia e otoneurologia em 16 de maio do ano passado, atendendo todos os municípios que integram a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS). Antes disso, o serviço estava referenciado no Hospital de Candelária. Na época da mudança, o então secretário municipal de Saúde, Henrique Hermany, contou que desde novembro de 2015 não era mais possível encaminhar pacientes para a instituição.
A fim de evitar que a referência saísse da região, buscou-se a transferência para Santa Cruz. Conforme a diretora administrativa do hospital, Rosângela Mees Gass, para possibilitar a manutenção do serviço a instituição contaria com recursos mensais da União (R$ 78,5 mil), do Estado (R$ 48,5 mil) e do município (R$ 62 mil). Porém, o governo estadual ainda não liberou os valores. n
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