Saúde e Bem-estar

Cirurgia refrativa: veja como funciona, riscos e recuperação

A cirurgia refrativa é uma subespecialidade da oftalmologia que trata das opções cirúrgicas ou qualquer tipo de cirurgia ocular feita para melhorar o estado refracional do olho. São realizadas para reduzir ou eliminar a necessidade de correção visual por uso de óculos e/ou lentes de contato. Os erros de refração possíveis de se corrigir são a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia.

Conforme o médico oftalmologista Douglas Weiss, de Santa Cruz do Sul, os erros refrativos, comumente chamados de “graus”, caracterizam-se pela discrepância entre o poder refrativo ocular e o seu comprimento, o que ocasiona um foco em posição errada.

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Ele explica que a miopia ocorre quando o foco perfeito se forma antes da retina, criando uma perda significativa na visão de longe. Esse, aliás, é um problema que tem aumentado constantemente na população, principalmente pelo uso abusivo de celular e tablets. Já a hipermetropia ocorre quando o foco se forma “após” a retina, piorando, essencialmente, a visão de perto. Quando isso se adquire com a idade, geralmente após os 40 anos, caracteriza-se como presbiopia, a popular “vista cansada”.

O astigmatismo, por sua vez, é um defeito visual relacionado à formação de vários pontos focais dentro do olho, o que resulta em visão turva tanto para longe quanto para perto. Está relacionado a deformidades na superfície da córnea.

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Sobre a cirurgia, Weiss observa que a indicação depende de vários fatores, tais como a estabilização do grau, a estrutura e a espessura da córnea, a identificação de alguma doença de superfície ocular, entre outros. “Os pacientes que têm ‘olho seco’, por exemplo, não são bons candidatos ao procedimento cirúrgico. Quem tem córneas muito finas ou com irregularidades muito severas, também não”, alertou. Frisa que diversos fatores precisam ser avaliados para que a cirurgia seja feita com maior segurança e previsibilidade.

Laser é a técnica mais empregada

Atualmente, a técnica mais empregada no mundo para a correção refrativa é o excimer laser. Ele é utilizado para aplanar ou aumentar diferencialmente o declive dos meridianos da córnea. Assim, pode tratar conjuntamente a miopia ou hipermetropia e o astigmatismo. Nesse aspecto, o oftalmologista Douglas Weiss explica que há duas técnicas principais: o PRK e o Lasik. Salienta que a escolha é personalizada para cada paciente, com indicações específicas para cada caso. De modo geral, os equipamentos de laser evoluíram muito, o que garante mais segurança para os pacientes. “O pós-operatório costuma ser de desconforto leve e a maioria dos pacientes volta às suas atividades em até 48 horas, sem os óculos”, informa.

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Técnica PRK

É considerada a primeira geração de cirurgias refrativas, ou seja, é o procedimento mais antigo dessa categoria. Apesar de também apresentar excelentes resultados, é a que traz mais incômodos no pós-operatório, além de exigir mais cuidados. Para que a aplicação do laser seja feita na córnea, corrigindo sua curvatura, antes é realizado o processo de raspagem da membrana que recobre a córnea, com laser ou um instrumento especial.

Depois da aplicação do laser e correção do erro refrativo, são colocadas lentes artificiais temporárias até que essa membrana epitelial se regenere. Após um período, o paciente volta para retirada dessas lentes. Nas primeiras semanas após o procedimento, é preciso evitar mergulhos em piscinas, lagos, rios e mares, para evitar infecções; evitar o uso de maquiagem na região dos olhos; não tocar ou coçar os olhos; evitar vapores quentes; usar óculos de sol ao sair de casa e usar corretamente as medicações e colírios prescritos.

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Técnica Lasik

Faz parte da segunda geração de cirurgias refrativas e tem algumas diferenças em relação à primeira. É um procedimento mais invasivo, porém com pós-operatório menos desconfortável. Com auxílio de laser, realiza uma pequena incisão circular na membrana da córnea. Isso resulta na criação de um flap, que será levantado para a aplicação do laser excimer para corrigir o formato da córnea. Depois do procedimento, o flap é reposicionado e as minúsculas marcas de incisão serão reparadas pelo epitélio com o tempo.

As recomendações para as primeiras 24 horas são as mesmas observadas para a cirurgia PRK. É comum que o paciente seja chamado à clínica oftalmológica um dia, uma semana e um mês depois, para checar os resultados já aparentes do procedimento. Se tudo estiver progredindo conforme o esperado, estará liberado após alguns dias para a retomada normal de atividades mais leves.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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