Regional

Cirurgia das amígdalas: entenda os critérios de indicação

A retirada das amígdalas, também chamada de amigdalectomia, é um procedimento comum e criterioso. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Renato Roithmann, essa cirurgia está entre as mais realizadas pelos especialistas em Otorrinolaringologia.

“A remoção das amígdalas é comum em qualquer idade e é segura, desde que seja feita uma boa avaliação pré-operatória, e sejam tomados cuidados durante a cirurgia e no pós-operatório “, afirma Roithmann.

LEIA TAMBÉM: Mesmo com campanha, apenas 3% das crianças foram vacinadas contra a pólio na região

Publicidade

Localizadas na região da faringe, as amígdalas – ou tonsilas palatinas, segundo o nome científico – são pequenos órgãos que têm a função de produzir linfócitos (as células de defesa), enquanto o organismo ainda está se desenvolvendo.

Em muitos casos, a sua extração é benéfica à saúde e à qualidade de vida, eliminando infecções recorrentes, como amigdalites, e resolvendo quadros de ronco e apneia do sono.

LEIA TAMBÉM: Rio Grande do Sul fortalece testagem e mapeamento de casos de monkeypox

Publicidade

Quando a cirurgia é indicada

A indicação de retirada das amígdalas é classificada pelos médicos em duas categorias: as inquestionáveis, para situações em que as amígdalas possuem um tamanho muito grande, causando obstrução na passagem de ar ou dificuldade de deglutição, ou quando há suspeitas de doenças graves, como tumores; e as indicações relativas, que necessitam discussão e avaliação de cada caso. Nesse último grupo, entram as ocorrências de infecções de repetição por bactérias, como as amigdalites.

De acordo com Roithmann, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um critério que define que, independentemente da idade, os indivíduos que tiveram 3 infecções bacterianas por ano em 3 anos consecutivos, ou 5 infecções bacterianas por ano em 2 anos consecutivos ou 7 infecções no período de um ano, possuem um cenário clínico favorável para discutir a retirada das amígdalas. A orientação preconizada pela OMS também é adotada pela ABORL-CCF.

Outros fatores que se encaixam nas indicações relativas para a remoção das amígdalas são “a formação de cáseos, popularmente chamadas de bolinhas brancas que dão mau hálito, e as situações de abscesso na região, em que se forma uma coleção de pus ao redor das amígdalas,” complementa o especialista.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Veja as unidades de saúde que atenderão no período noturno na segunda quinzena de agosto

Riscos

O sangramento pós-operatório é a complicação mais frequente da cirurgia, porém com baixos índices de ocorrência. “Acontece em 2 a 7% dos casos, podendo ser contornado com o paciente comunicando a situação ao médico. Após avaliação, o especialista consegue identificar se precisa intervir novamente com cauterização ou sutura com pontos, esclarece Roithmann.

Mortalidade por sangramento após a cirurgia é extremamente raro. “O importante é ter acompanhamento médico no pós-operatório,” afirma Roithmann.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Amputações: número de casos cresce no Brasil e mais da metade envolve diabete

Sobre a ABORL-CCF

Com mais de 70 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade através de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbio científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.